Bolsonaro prorroga atuação das Forças Armadas no Ceará

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2020 15h44 - Atualizado em 28/02/2020 17h03
Foto: JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO Ceará registrou 312 homicídios durante greve da PM

O presidente Jair Bolsonaro prorrogou até o dia 6 de março a atuação das Forças Armadas na área de segurança pública do estado do Ceará, que nos últimos 11 dias enfrenta um motim por parte da Polícia Militar (PM).

O decreto assassinado por Bolsonaro que garantia a operação para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) terminaria nesta sexta-feira (28). A autorização da GLO aconteceu no dia 20 deste mês, após pedido do governador do Ceará, Camilo Santana (PT).

Até esta quinta, a situação estava indefinida. Durante live semanal no Facebook, Bolsonaro chegou a apelar para que o governador do Ceará resolvesse o problema que é do “seu estado”.

“Negocie com a sua PM e chegue a um bom termo. Espero que o governador tenha a sua responsabilidade, se empenhe o máximo possível para que os policiais possam voltar a cumprir o seu trabalho normalmente”, disse.

Desde que o início do motim dos policiais, que pedem reajuste salarial acima do oferecido pelo governo, ao menos 170 mortes aconteceram, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública.

“Negociação do Estado”

De acordo com a nota do governo divulgada nesta sexta, o presidente diz que o motim de policiais militares envolve “uma negociação do Estado” e espera que a situação seja normalizada em uma semana, mas, enquanto isso, manterá o reforço das Forças Armadas.

“No dia 26 de fevereiro, o governador do Ceará pediu uma prorrogação da GLO. O governo federal, por sua vez, autoriza a prorrogação e entende que, no prazo de até o dia 6 de março, a situação deva ser normalizada, prevalecendo o bom senso. O governo federal avalia que se trata de uma negociação do Estado, entretanto, continua prestando seus esforços de ajuda à população.”

Assim como tem feito nos últimos dias, Bolsonaro defendeu mais uma vez que o Congresso aprove o excludente de ilicitude para garantir apoio aos militares envolvidos na operação da GLO.

“Ressalta-se a importância de que o Congresso Nacional reconheça que, o emprego da GLO, dada a necessidade de segurança aos integrantes das forças, muitos deles jovens soldados com cerca de 20 anos de idade, discuta e vote o excludente de ilicitude.”

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