Bolsonaro diz que Macron usa questão da Amazônia para ‘ganhos pessoais’
O presidente Jair Bolsonaro respondeu, nesta quinta-feira (22), as declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre as queimadas na região amazônica.
Sem citá-lo diretamente, Bolsonaro provocou, em transmissão ao vivo: “Um presidente teve a desfaçatez de falar ‘a nossa Amazônia’. Tu acha que eles estão interessados no nosso país? Estão interessados em ter um espaço para eles!”.
Já nas redes sociais, Bolsonaro disse que Macron usa “tom sensacionalista” e lamentou “que busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil para ganhos políticos pessoais”.
– O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 22, 2019
Mais cedo, o presidente da França pediu, em suas redes sociais, que o G7 discutisse os incêndios na região. “Nossa casa está queimando”, escreveu.
Para Bolsonaro, os países que estão se posicionando sobre a situação têm interesses nas riquezas naturais da Amazônia. “Quem sabe daqui a pouco alguém decreta uma intervenção aqui e vamos ficar chupando o dedo”, alertou. “Somos responsáveis e somos maiores para dizer que a Amazônia é nossa, não vamos fugir da nossa realidade”, completou.
Além disso, o presidente atentou que “alguns países aproveitam o momento para potencializar críticas contra o Brasil e recalcá-lo a uma posição subalterna”. Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que os europeus têm dois motivos para atacar o Brasil: confrontar os princípios capitalistas e impor barreiras ao crescimento do País.
De acordo com Bolsonaro, o governo está trabalhando em soluções para barrar os incêndios criminosos. Segundo ele, não é possível saber, ainda, quem são os responsáveis. “Fazendeiros, ONGs, índios. Temos que pegar a origem, a causa disso tudo”, declarou. Ele pediu que os cidadãos denunciem qualquer atividade suspeita.
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