Bolsonaro se esquiva sobre tensão entre EUA e Irã por não ter ‘poderio bélico’
O presidente Jair Bolsonaro preferiu não se posicionar sobre o ataque dos EUA no Iraque que culminou com a morte do general iraniano Qassem Soleimani. Segundo Bolsonaro, a falta de “poderio bélico” do Brasil impede que ele tome alguma posição.
“Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria”, afirmou ao sair de um hospital em Brasília, onde visitava a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O presidente da República ainda disse que o Itamaraty não vai se manifestar sobre o ataque dos EUA contra o Irã. Bolsonaro confirmou que mantém conversas com autoridades norte-americanas, mas não deu detalhes e preferiu se esquivar. Ao ser questionado sobre possíveis sanções por parte do Brasil, o chefe do Executivo resumiu:
“Não, não há. Tudo fica no radar, tudo fica na mesa”.
Jair Bolsonaro também comentou sobre a capacidade bélica do Exército do Brasil. Segundo o presidente, é preciso de investimento para uma “recuperação”.
“Uma corrida para recalcar as Forças Armadas num nível mais baixo possível. Por que? Porque nós sempre fomos o último obstáculo para o sonho deles que era o socialismo e isso nós levamos em conta. Você não faz as Forças Armadas, não recupera de uma hora pra outra. Acredito que nós devemos ter umas Forças Armadas melhor preparada belicamente e material para os próximos anos”, disse.
“Agora, no meu entender, é investimento, é garantia, é a certeza de democracia e liberdade as Forças Armadas”, completou Bolsonaro.
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