Bolsonaro: Tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição
O presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifestou no Twitter após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de quebrar os sigilos fiscias de aliados do seu governo. Eles também viraram alvo de busca e apreensão da Polícia Federal.
Bolsonaro afirmou que não pode “assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas” e, por isso, vai tomar “todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade do dos brasileiros”.
– O histórico do meu governo prova que sempre estivemos ao lado da democracia e da Constituição brasileira. Não houve, até agora, nenhuma medida que demonstre qualquer tipo de apreço nosso ao autoritarismo, muito pelo contrário.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2020
Ainda no Twitter, Bolsonaro disse que “os abusos presenciados por todos nas últimas semanas foram recebidos pelo governo com a mesma cautela de sempre, cobrando, com o simples poder da palavra, o respeito e a harmonia entre os poderes”. O presidente acrescentou que “é o povo que legitima as instituições, e não o contrário”.
Ele ressaltou que quer preservar a democracia. “Fingir naturalidade diante de tudo que está acontecendo só contribuiria para a sua completa destruição. Nada é mais autoritário do que atentar contra a liberdade de seu próprio povo.”
O presidente Jair Bolsonaro rebateu que “o que adversários apontam como ‘autoritarismo’do governo e de seus apoiadores não passam de posicionamentos alinhados aos valores do nosso povo, que é, em sua grande maioria, conservador.
“A tentativa de excluir esse pensamento do debate público é que, de fato, é autoritária”, completou. Ele afirmou que “não houve, até agora, nenhuma medida que demonstre qualquer tipo de apreço nosso [do governo] ao autoritarismo, muito pelo contrário”.
Entenda
Na manhã da última terça-feira (16) a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão na tentativa de descobrir de onde partem as ordens de manifestações antidemocráticas. Os alvos foram dirigentes da sigla Aliança pelo Brasil, blogueiros, deputados e youtubers de direita.
Depois, mais tarde, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a quebra dos sigilos bancários de 11 parlamentares da base de apoio do presidente.
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