Corpo de Bombeiros alerta que álcool em gel pode causar incêndios

É preciso observar alguns cuidados após a higienização das mãos ou limpeza de superfícies com o produto

  • Por Jovem Pan
  • 21/04/2020 14h58 - Atualizado em 21/04/2020 15h01
Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo Lava Jato de São Paulo converte pena em doações para ajudar no combate ao coronavírus

Em tempos de coronavírus, a higienização das mãos com álcool em gel se tornou rotina, mas é importante ter alguns cuidados na hora do manuseio do produto. O capitão do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Marcos Palumbo, em entrevista à Jovem Pan, afirmou que o álcool – mesmo na consistência de gel – pode causar incêndios.

“O álcool em gel pode ser inflamável, sim. Na hora da assepsia das mãos é possível observar essa inflamabilidade quando as mãos ficam molhadas. Esse álcool chegou até a ser retirado das residências nos anos 2000. Se, por exemplo, quando estou com as mãos ainda umedecidas e for fumar ou manipular um fogão, posso me queimar. E o Corpo de Bombeiros tem atendido ocorrências dessa natureza”, disse.

O capitão ainda alertou que o mesmo vale para superfícies. “É importante deixar essa superfície secar e, no caso, de estar com as mãos molhadas, não se aproximar de nenhuma fonte de calor. O álcool 70 tem uma combustão completa e uma chama azulada que muitas vezes nem percebemos”, alertou Palumbo.

Segundo ele, o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo registrou aumento no número de ocorrências de incêndios dentro de casa neste período de isolamento social para o combate ao novo coronavírus. Houve também aumento no número de quedas dentro de casa.

“A Polícia Militar, através do Corpo de Bombeiros, vem registrando aumento de incêndios nesse período. No mês de março atendemos 4.089 ocorrências dessa natureza e no mesmo mês do ano passado foram 2.560. É um implemento substancial e que coloca em risco a vida das pessoas dentro de casa”, disse.

Confira a entrevista completa com o Capitão Marcos Palumbo:

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