‘Brasil não pode retroceder e destruir passado de combate à corrupção’, diz Moro ao negar suspeição
Ex-ministro afirmou que durante período em que foi juiz tratou todos acusados da Operação Lava Jato com imparcialidade, inclusive o ex-presidente Lula
Em nota divulgada nesta quarta-feira, 24, o ex-ministro Sergio Moro se defendeu da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o considerou suspeito e anulou a condenação do ex-presidente Lula no caso do Triplex do Guarujá nesta terça-feira, 23. Moro ressaltou a importância da Operação Lava Jato, lembrou que ela devolveu mais de R$ 4 bilhões aos cofres públicos e condenou quase 200 pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro, garantindo sua imparcialidade nos processos. “Todos os acusados foram tratados nos processos e julgamentos com o devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte, como juiz do caso”, afirma trecho do documento. Moro disse que está tranquilo em relação aos acertos das próprias decisões e frisou que todas foram fundamentadas em processos judiciais, inclusive as contra o ex-presidente Lula.
“O Brasil não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade e pelo qual foi elogiado internacionalmente”, disse o ex-juiz, pontuando que é necessário que o país se preocupe com o presente e com o futuro de combate a tais crimes. Ele afirmou, ainda, que a sentença do ex-presidente Lula no caso do Triplex foi confirmada não só por ele, como também pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, e pelo Superior Tribunal de Justiça. Todos eles rejeitaram alegações de imparcialidade antes de determinar a prisão do petista, que ficou detido em Curitiba por mais de 500 dias.
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