Brasil se prepara para ‘lockdown’ de três meses, diz Mansueto

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2020 10h48
Daniel Resende/Futura Press/Estadao Conteúdo Mansueto também reconheceu a importância das privatizações no país, mas ponderou que é preciso reconhecer também a eficiência de cada instituição

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, reafirmou que o Tesouro tem um colchão de liquidez, que não passa por dificuldades para se financiar e que, após a crise, voltará a captar. “Estamos muito bem. Não temos pressa de ir a mercado. Não há problema de financiamento”, garantiu.

De acordo com o secretário, fica claro que alguns países devem entrar em uma recessão, porém a queda no PIB brasileiro, no momento, é ainda uma incógnita. “Devemos aproveitar esse período de crise para economizar lá na frente e termos fôlego para uma próxima crise.”

Mansueta também afirmou que é evidente que Estados e municípios necessitem de ajuda. No entanto, ponderou que é preciso haver diálogo para que essa ajuda seja por um tempo certo. Para ele, o ideal é o apoio aconteça por três meses e, se necessário, o assunto volte a ser debatido.

“É claro que governadores e prefeitos precisam de ajuda, e não por um período que possa comprometer. Não há embate com Congresso, mas há visões diferentes. Temos de respeitar posições divergentes, sentarmos para chegarmos a um meio termo. A diferença entre nós, uma delas, é por quanto tempo deve perdurar essa ajuda”, descreveu.

O secretário disse ainda que o Brasil está preparando para um “lockdown” de três meses e que nenhum país ficou isolado por mais tempo. “Nenhum está colocando um ‘lockdown’ tão grande. Estamos nos preparando para três meses. Se for necessário, ampliaremos”, disse.

Privatizações

Mansueto também reconheceu a importância das privatizações no país, mas ponderou que é preciso reconhecer também a eficiência de cada instituição, seja ela pública ou privada, antes de tomar qualquer decisão.

“A pergunta chave é se o serviço está conseguindo fazer seu trabalho de forma adequada. Não podemos ter preconceito por uma instituição ser pública ou privada. O que não é necessário é ter cinco, dez bancos públicos”, afirmou, em entrevista à Globo News.

A respeito do assunto, o ministro da economia, Paulo Guedes, disse, reconhecer que empresas do serviço público e que são eficientes não precisam ser privatizadas. “É para o debate ir para uma área mais racional.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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