Brasil registra 113 casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol

Boletim do Ministério da Saúde incluiu, pela primeira vez, ocorrências na Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul; governo reforçou estoques de antídotos

  • Por da Redação
  • 03/10/2025 20h20
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Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo Por conta da contaminação de metanol em bebicas alcóolicas que vitimizou 52 pessoas no estado de São Paulo, sendo 6 mortes supeitas, segundo balanço da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, proprietários dos principais bares da cidade de Osasco na região metropolitana, postaram em suas redes sociais em respeito aos consumidores, um comunicado sobre a idoneidade dos seus produtos Por conta da contaminação de metanol em bebicas alcoólicas, bares de Osasco postaram um comunicado sobre a idoneidade dos seus produtos

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (3) que o Brasil soma 113 notificações de intoxicação por metanol relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Desse total, 11 casos foram confirmados em laboratório e 102 ainda estão em investigação. Entre as ocorrências, há uma morte confirmada em São Paulo e outras 11 em análise. Os registros se concentram em São Paulo, com 101 notificações (11 confirmadas e 90 em investigação). Há ainda seis casos em Pernambuco, dois na Bahia e no Distrito Federal, além de um no Paraná e outro no Mato Grosso do Sul.

O boletim incluiu, pela primeira vez, suspeitas da Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul. No balanço anterior, divulgado na quinta-feira (2), havia 59 notificações restritas a São Paulo, DF e Pernambuco. Segundo o ministério, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) descartou 15 casos. Normalmente, o país registra cerca de 20 casos por ano de intoxicação por metanol, geralmente ligados a tentativas de autoagressão. Desde agosto, no entanto, as notificações aumentaram de forma atípica, associadas ao consumo de bebidas adulteradas.

O metanol é um álcool utilizado na indústria química e altamente tóxico quando ingerido. A substância pode causar sintomas como náuseas, dor de cabeça, visão turva e levar a cegueira, coma e morte.

Para enfrentar a emergência, o governo anunciou a compra de 4.300 ampolas de etanol farmacêutico, utilizado como antídoto, além da aquisição de 5.000 tratamentos adicionais, que devem chegar aos hospitais nos próximos dias. Também está em negociação a importação do fomepizol, outro antídoto que ainda não tem registro na Anvisa.

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O Ministério da Saúde instalou uma sala de situação para monitorar os casos, com participação dos ministérios da Justiça e da Agricultura, além da Anvisa, governos estaduais e municipais. A recomendação é que a população evite bebidas de origem duvidosa, especialmente destilados incolores como vodca e gin, considerados mais vulneráveis à adulteração.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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