Brasil registra 480 mil vagas com carteira assinada no primeiro trimestre do ano

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2019 21h44
Reprodução São Paulo foi o estado em que teve o maior aumento, com 307 mil vagas

No primeiro trimestre do ano, encerrado em abril, 480 mil vagas com carteira assinada foram registradas no Brasil em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, houve aumento no número de vagas formais na indústria, no setor financeiro e na administração, educação e saúde. Para ele, esse aumento é grande para as mulheres, pois tiveram muitas vagas em setores do ensino, tanto privados quanto públicos. “É profissional para ensino de nível fundamental”, explicou.

De acordo com o coordenador, São Paulo foi o estado em que teve o maior aumento, com 307 mil vagas. Em relação ao trimestre anterior, encerrado em janeiro de 2019, houve geração de 270 mil postos.

O coordenador do IBGE pondera, entretanto, que a população ocupada com carteira assinada no setor privado ainda está 3,4 milhões de pessoas aquém do pico registrado no trimestre terminado em julho de 2014.

“Não vai recuperar isso tão cedo. O ponto mais baixo que teve da carteira foi exatamente no ano passado. Essa melhora de 480 mil em relação a um ano antes é porque você está pegando o ponto mais baixo da série, de 32,655 milhões de trabalhadores”, disse Azeredo. “É surpresa a reação da carteira, mas está longe de recuperar ainda o patamar mais alto da série”, completou.

Trabalho informal

Segundo ele, os recordes negativos mostrados pela pesquisa – como desalento, subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e subutilização da força de trabalho – refletem uma situação ainda negativa no mercado de trabalho. Por outro lado, a geração de vagas seria “um processo de reação do mercado”.

“Você tem 1,9 milhão de vagas geradas em um ano. Um quarto é com carteira assinada, supercomemorado. Mas 48% da geração é trabalho por conta própria, um quarto é sem carteira. Você tem aumento da população ocupada, mas o que está marcando a maioria desse aumento ainda é informal”, alertou.

O emprego sem carteira assinada no setor privado aumentou em 368 mil vagas em um ano, enquanto o trabalho por conta própria ganhou adesão de 939 mil pessoas.

No trimestre encerrado em abril, a população ocupada totalizou 92,365 milhões de trabalhadores. O trabalho sem carteira no setor privado diminuiu em 37 mil pessoas, enquanto o trabalho por conta própria aumentou em 53 mil pessoas. No período, o Brasil registrou 76 mil trabalhadores domésticos a menos, e 121 mil empregadores a menos.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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