Brasil registra entrada de 893 venezuelanos após reabertura de fronteira
Anúncio da reabertura foi feito na última sexta-feira, depois de quase três meses em que ela ficou fechada
A Operação Acolhida registrou na última sexta-feira (10) a entrada de 893 venezuelanos no Brasil, após o ditador Nicolás maduro decidir reabrir a fronteira do país com o Brasil. O anúncio da reabertura foi feito na própria sexta pelo vice-presidente de Economia venezuelano, Tareck El Aissami, em discurso transmitido por uma das TVs estatais do país.
Com a reabertura, muitos venezuelanos aproveitaram para comprar alimentos em Pacaraima, em Roraima — cidade brasileira mais próxima da fronteira entre os dois países.
Desde o início da crise migratória na Venezuela, as Forças Armadas brasileiras, que comandam a operação, mantêm um Posto de Recepção e Identificação na fronteira. No local, os venezuelanos que chegam passam por uma triagem, recebem assistência médica, são vacinados e podem solicitar refúgio ou residência temporária ao governo brasileiro.
Além do Brasil, também foi reaberta a fronteira com Aruba. Permanecerão fechadas as fronteiras com outras duas ilhas venezuelanas no Caribe: Curaçao e Bonaire, bastante procuradas por turistas estrangeiros.
Fronteira fechada
A fronteira da Venezuela com o Brasil foi fechada em fevereiro, em mais um episódio na crise política e humanitária que se instaurou na Venezuela nos últimos anos.
A crise motivou milhões de venezuelanos a deixarem o país devido à falta de segurança, de alimentos e de remédios, além dos problemas na prestação de serviços públicos. A maioria destes imigrantes buscou refúgio na Colômbia, país que, segundo algumas estimativas, já recebeu mais de 1,2 milhão de venezuelanos.
Muitos venezuelanos vieram para o Brasil, entrando por Roraima. De acordo com o escritório brasileiro da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), até março deste ano, mais de 240 mil venezuelanos ingressaram em território brasileiro alegando fugir da instabilidade política em busca de melhores condições de vida.
*Com informações da Agência Brasil
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.