Brasil se compromete com Panamá em compartilhar delações do caso Odebrecht

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2017 11h25 - Atualizado em 28/06/2017 23h58
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BRA51. SAO PAULO (BRASIL), 10/04/2017.- Fotografía de archivo del 22 de diciembre de 2016, de la sede de constructora Odebrecht en la ciudad de Sao Paulo (Brasil). El grupo Odebrecht, implicado en el escándalo de corrupción en Petrobras, causó daños por valor de 5.684 millones de reales (unos 1.810 millones de dólares) en 11 contratos inflados firmados con la estatal entre 2003 y 2014, según un informe de la Policía Federal obtenido hoy, lunes 10 de abril de 2017, por varios medios locales. EFE / SEBASTIÃO MOREIRA / ARCHIVO EFE / SEBASTIÃO MOREIRA Fachada da sede da Odebrecht em São Paulo - EFE

As autoridades brasileiras reafirmaram seu “compromisso” e “vontade” de compartilhar com os seus homólogos do Panamá as delações do caso Odebrecht, após assinatura do convênio sobre o uso da informação, informou na sexta-feira a Promotoria panamenha.

O compromisso de colaborar nas investigações das propinas da Odebrecht no Panamá aconteceu através de uma reunião de “alto nível” ocorrida no Brasil com a participação da procuradora-geral panamenha, Kenia Porcell.

Ela foi recebida pelo vice-procurador-geral, José Bonifacio Borges de Andrada; o Secretário de Cooperação Jurídica Internacional e Procurador Regional, Vladimir Aras; e João Gabriel Morais de Queiroz, chefe de Gabinete da vice-procuradoria Geral.

Kenia Porcell também falou sobre como serão tratadas as assistências internacionais solicitadas pelo Panamá no caso Odebrecht, “atendendo as diretrizes de respostas, compromissos e deveres que ajuda o requerimento (das informações), que desde o dia 1º de junho são processados no Brasil”, disse o Ministério Público do Panamá.

No mês de maio, a procuradora-geral ressaltou que o dia 1º de junho era a data a partir da qual “a reserva processual (no Brasil) sobe e colaboração internacional é reativada”.

Isso, segundo com Kenia Porcell, significa que a Promotoria do Brasil começará a responder a assistência judicial feita por diferentes países, entre eles o Panamá.

O Panamá, como mais de 20 de países, pediu informação para as autoridades brasileiras sobre a Operação Lava Jato.

A Promotoria do Panamá indicou que os acusados de receber propinas da Odebrecht no país, entre os que estão dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli somam 36 pessoas, das quais 22 são panamenhas, 13 brasileiras e uma americana.

O Ministério Público panamenho abriu 24 investigações sobre o caso da Odebrecht e sua atuação nas licitações de diferentes projetos executados desde 2004.

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