Braskem determina apuração de suspeita referente a Palocci

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/10/2016 12h50

Ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci chega a Curitiba em prisão temporária para falar à Lava Jato

EFE/HEDESON SILVA EFE - Ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci chega a Curitiba em prisão temporária para falar à Lava Jato

A Braskem – petroquímica da Odebrecht, em sociedade com a Petrobras – diz ter determinado apuração sobre suspeita de pagamento de propinas relacionadas ao ex-ministro Antonio Palocci. A afirmação vem em nota de esclarecimento à Superintendência de Relações com Empresas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que questionou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, da última semana, de que investigadores da Operação Lava Jato apuram suspeita de que a Braskem pagou parte das propinas destinadas a Palocci, via Setor de Operações Estrutura, o chamado “departamento da propina da empreiteira”.

Conforme nota veiculada no Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), nos dias 29 e 30 de setembro, há indícios, segundo investigadores, de que um dos destinatários finais do dinheiro seria o ex-marqueteiro do PT João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff (2014 e 2010) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006).

“A este respeito, a Companhia informa que, tão logo tomou conhecimento das alegações mencionadas na notícia, determinou que as mesmas fossem devidamente apuradas pelos assessores externos contratados no contexto da investigação independente em curso”. A companhia mantém investigações internas sobre suspeitas de ilícitos desde março de 2015.

Nesta segunda-feira, 3, a empresa também anunciou que iniciou diálogos com o Department of Justice (DoJ) e a Securities and Exchange Commission (SEC) e “que espera resultar em negociações formais de acordo e na resolução das denúncias de irregularidades surgidas no âmbito da Operação Lava Jato”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.