Bruno Covas pretende trocar subprefeitos para dar ‘sua cara’ à gestão
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), deve trocar 23 dos 32 subprefeitos da capital. O objetivo é dar “a sua cara” à gestão que foi iniciada pelo antecessor, o governador eleito João Doria (PSDB), e também para consolidar seu papel de líder dentro de seu partido político.
O perfil buscado por Covas é de um político mais jovem, mas que tenha experiência política, dizem seus auxiliares. O prefeito também dá preferência para tucanos que tenham ocupado cargos públicos, com base eleitoral consolidada, mas que não conseguiram se eleger nas últimas eleições para deputado estadual e federal.
Nesse grupo, estão nomes como o deputado estadual Carlos Bezerra Júnior, que não obteve a reeleição, e o ex-secretário estadual de Assistência Social Floriano Pesaro. Este último, no entnato, disse que não aceitou o convite.
“Tenho muita afinidade com o projeto político do Bruno. Mas minha especialidade é a área social e, neste momento da vida, não me via em condições de colaborar nas subprefeituras”, disse Pesaro, ao explicara razão de não aceitar o convite. “É uma coisa de perfil.”
Dentre os nomes que já teriam falado “sim” estão Sandra Santana, ex-chefe de gabinete de Celino Cardoso, derrotada na disputa para a Assembleia Legislativa – que já foi subprefeita na gestão municipal de José Serra (PSDB). Outro nome seria de Fabrício Cobra, ex-secretário estadual de Turismo. Haveria conversas em andamento ainda com o ex-deputado Ramalho da Construção.
O secretária da Casa Civil de Covas, João Jorge (PSDB), afirmou que as negociações estão sendo feitas sem o envolvimento da Câmara Municipal. Historicamente, os parlamentares pleiteiam — e conseguem — nomear os chefes das subprefeituras dos bairros onde têm redutos eleitorais.
“Não há negociação com a Câmara. O prefeito, conforme ver a necessidade de substituições, vai fazer unilateralmente”, disse João Jorge, que tem a missão de intermediar as relações entre a Prefeitura e o Legislativo.
Os novos convocados, no entanto, terão menos margem para emplacara ações que os beneficiem politicamente. Todas as 32 subprefeituras perderam verbas na proposta de orçamento anual para 2019, em discussão na Câmara. A Sé, por exemplo, regional com maior receita e gastos, neste ano tinha orçamento de R$ 70,9 milhões e deve ficar com R$ 61,6 milhões para 2019, se a proposta for mantida. Os recursos tirados das divisões regionais foram transferidos para áreas como Saúde e Educação.
*Com informações da Agência Estado
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