Cabral, Adriana Ancelmo e mais cinco são denunciados na Lava Jato
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e mais seis pessoas foram denunciados em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato. Além de Cabral constam na denúncia sua esposa, Adriana Ancelmo, executivos da empreiteira Andrade Gutierrez e pessoas ligadas ao peemedebista.
Segundo o Ministério Público Federal, os denunciados estavam envolvidos no pagamento de vantagens indevidas a partir de um contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Comperj. Este era formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
A força-tarefa da Operação Lava Jato pede, na denúncia, o ressarcimento de R$ 2,7 milhões em prol da estatal.
Agora cabe ao juiz federal Sergio Moro decidir se aceita ou não a denúncia contra os sete nomes. Caso Moro acate a denúncia, todos passam a ser réus na Lava Jato.
Trecho da denúncia diz que os “denunciados Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, Wilson Carlos e Carlos Miranda receberam a vantagem indevida”, paga em três parcelas entre os anos de 2008 e 2009, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
“Em consequência da promessa e da vantagem indevida oferecida, e, posteriormente, paga, Paulo Roberto Costa, em relação a licitações e contratos celebrados pela Andrade Gutierrez com a Petrobras”, acresce a denúncia.
De acordo com o Ministério Público Federal, Cabral e Wilson Carlos praticaram atos de ofício com infração em interesse a empreiteira Andrade Gutierrez. Além disso, eles supostamente se omitiram na prática de tais atos que fossem contra os interesses da empresa.
Confira os denunciados:
– Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– Adriana Ancelmo, mulher de Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– Wilson Carlos, secretário do governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos: lavagem de dinheiro
– Carlos Emanuel Miranda, sócio do ex-governador Sérgio Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– Rogério Nora, ligado a Andrade Gutierrez: corrupção ativa
– Clóvis Primo, ligado a Andrade Gutierrez: corrupção ativa
Indiciado na quarta-feira (14)
Nesta quarta-feira (14), a Polícia Federal havia indiciado o ex-governador e imputado a ele os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Segundo a Procuradoria da República, no Paraná, o ex-governador teria recebido pelo menos R$ 2,7 milhões em propinas da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. O peemedebista, de acordo com os investigadores, pediu 1% de contrato da Andrade Gutierrez para obra de terraplenagem.
*Mais informações em instantes
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