Cadastro de digital nas eleições será usado na busca de desaparecidos

  • Por Jovem Pan com Agência Brasil
  • 02/02/2018 12h05
Tânia Rêgo/Agência Brasil "A ideia é cruzar diferentes bases de dados de órgãos estaduais e federais em busca de algum vestígio da pessoa que desapareceu", disse Dodge

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, assinaram nessa quinta-feira (1º) um acordo de colaboração que permite compartilhar dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid).

De acordo com Dodge, no Brasil 600 mil pessoas estão registradas como desaparecidas e o acordo vai ajudar na busca. “A busca é muito difícil, cara e custosa. A ideia do Sinalid é cruzar diferentes bases de dados de órgãos estaduais e federais em busca de algum vestígio da pessoa que desapareceu”, disse a procuradora-geral.

O ministro Gilmar Mendes explicou que a base de dados de biometria do TSE deve ajudar a ampliar o alcance do sistema. “Esse trabalho começou no Rio de Janeiro a partir do desenvolvimento de um aplicativo que permite esse cruzamento”, disse o ministro.

Mendes também informou que já há “quase 80 milhões de pessoas registradas biometricamente”. Além do acordo pela busca de pessoas desaparecidas, convênios estão sendo feitos com “Detrans de vários Estados, secretarias de Segurança de vários Estados.

A assinatura do acordo ocorreu antes do inicio da primeira sessão do tribunal eleitoral do ano, que foi a última conduzida pelo ministro, que deixará a presidência da Corte, na próxima terça-feira (6). O próximo presidente do TSE será o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux.

Questionado ao final da cerimônia, Gilmar Mendes evitou se manifestar sobre a situação eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas defendeu que a Lei da Ficha Limpa torna inelegível o candidato que tenha sido condenado em segunda instância.

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