Caiado: crise não é política, mas de líderes que fizeram do governo balcão de negócios
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse nesta terça-feira (30) que a crise do governo Temer “não é política”. “A crise é de líderes que estão sendo descredenciados por terem transformado a política em um balcão de negócios”, afirmou. Para o parlamentar, no entanto, “a crise política se resolve na política”.
“A classe política tem que resolver os assuntos. E nós vamos resolver o assunto. Daremos continuidade às reformas”, garantiu o senador. Ele criticou, porém, a depredação de manifestantes na semana passada em protestos em frente ao Congresso Nacional e à obstrução das pautas do governo promovida por parlamentares da oposição. “O povo brasileiro ordeiro, pacífico e trabalhador não deseja aquelas pessoas coordenando o País”, disse.
Durante o Fórum Mitos e Fatos, promovido pela Jovem Pan, o senador da bancada ruralista avaliou o “impacto negativo” gerado pela Operação Carne Fraca na agropecuária. Para o senador, a “comunicação errada” das fraudes desvendadas pela operação quase “destruíram” a reputação do setor brasileiro de carne no exterior. “O Brasil é o único país do mundo que produz carne verde”, destacou.
Caiado ainda cumprimentou o Blairo e disse: “já recuperamos o mercado”.
“Preconceito”
Caiado também criticou o que chamou de “preconceito” com o qual sofreria a atividade rural no Brasil. Para o senador, o preconceito está superado.
“Havia muitos conceitos preconceituosos com o setor rural. O preconceito de que o homem do campo não tem compromisso com o social e só queria benefícios com o governo. A realidade hoje já é outra. Hoje o setor urbano já tem uma outra visão do setor rural”, disse. Para ele a ciência e o avanço das pesquisas no campo ajudam a modernizar e qualificar a atividade. “O produtor rural não é aquela imagem do senhorzinho (ou sinhôzinho) mal toda a vida”, afirmou.
O senador elogiou as modernas frotas de tratores e maquinários agrículos de que o País dispõe. “Estamos assistindo a um novo Brasil”, disse.
Caiado pediu avanços na tecnologia e no debate do código florestal.
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