Caiado diz que “ajeitamento de última hora” definiu decisão “afrontosa”
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) considerou, em entrevista exclusiva à Jovem Pan, um desrespeito a atitude dos senadores do PMDB de votar contra a perda dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo o parlamentar, a decisão foi um acórdão entre PT e PMDB.
“Isso é um desrespeito a nós que sempre jogamos um jogo diferente e aberto. Não se pode mudar a Constituição Brasileira num ajeitamento de última hora. Pra se mudar a Constituição, é um rito imposto. É afrontoso. É um grande acordão que foi feito na madrugada entre o PT e o PMDB”, esbravejou o senador.
Caiado afirmou ainda que a decisão da segunda votação realizada no Senado Federal nesta quarta-feira (31) não trava somente a relação do PMDB com PSDB e DEM, mas também com a população brasileira. De acordo com o parlamentar, o DEM, assim como o PSDB, vai recorrer ao STF.
“Acho que travou a relação com a população brasileira. Pelo amor de Deus, nós queríamos que fosse um momento de ressurgir uma nova prática política, mas nós estamos vendo um ajeitamento desse. Lógico que nós recorreremos ao Supremo. Mas, além disso tudo, é a frustração que segue para a população brasileira”, afirmou.
Para o deputado Onyx Lorenzoni (DEM), a segunda votação foi uma “travessura” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e um “escorregão terrível” do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
“Eu acho que foi a junção de uma travessura do Renan com uma falha gritante do Lewandowski. Primeiro, mudar a Constituição, (…) segundo, lá na Câmara, quando a gente coloca o destaque, pra retirar uma palavra do texto, quem tem a obrigação de arrebanhar os votos é quem apresenta o destaque. Até isso foi invertido aqui. Por isso eu digo que é uma travessura do Renan com um escorregão terrível do Lewandowski”, explicou o deputado.
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