Caiado quer Polícia Federal nas ruas no domingo (16)

  • Por Agência Brasil
  • 14/08/2015 19h41
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O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), entrou nesta sexta-feira (14) com ofício no Ministério da Justiça pedindo que a Polícia Federal garanta segurança nas manifestações previstas para este domingo (16). O motivo do pedido foram as declarações feitas ontem pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante cerimônia no Palácio do Planalto, de que as organizações sociais deveriam ir às ruas “com armas na mão se tentarem derrubar a presidenta Dilma”.

No início da noite de ontem, o próprio presidente da CUT, procurou a imprensa para afirmar que em nenhum momento sua intenção fora a de incitar a população a pegar em armas. “Foi um mal-entendido”, disse. “Obviamente eu não estava incitando a violência, eu me referia às armas da democracia e ao debate das ideias feito pela classe operária”, afirmou.

Caiado disse que pretende ingressar contra Freitas no Ministério Público Federal pedindo a abertura de inquérito por incitação ao crime (Art. 286 do Código Penal) e por incitar a violação da ordem pública e a luta com violência entra as classes sociais (Artigo 23 da Lei de Segurança Nacional).

Em entrevista na tarde de hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que as manifestações marcadas para o domingo são legítimas e que o governo brasileiro respeita a liberdade de manifestação. “ Manifestar-se é um direito democrático e como tal deve ser tratado”, afirmou.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinícius Colho Furtado, considerou “lamentável a pregação à violência e ao uso de armas, que em nada contribui ao Brasil democrático e à paz social. A trincheira da OAB é a defesa da Constituição da República. Nossa luta é com argumentos e id e ias. Não admitimos a violência como método de resolução dos conflitos”, declarou.

Diante das repercussões sobre as declarações de ontem, a CUT divulgou nota hoje (14) na qual reforça sua posição contrária ao impeachment e de resistência ao “golpe”, mas afirmou: “As armas de que a classe trabalhadora dispõe para a luta são apenas a sua mobilização, a ocupação das ruas e as greves, e serão usadas sempre que necessário em defesa dos direitos e da democracia”.

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