Candidatos à Presidência fazem um debate morno sob impacto de pesquisa
Os presidenciáveis fizeram um debate morno sob impacto de pesquisa do Ibope que mudou o retrato da campanha. O levantamento mostrou que o segundo turno é inevitável e que, neste momento, Marina Silva derrotaria Dilma Rousseff.
Foram quase três horas de debates na TV Bandeirantes na noite desta terça-feira (26), em São Paulo, com a participação dos sete candidatos. E Marina Silva usou a estratégia de se apresentar como alternativa para o fim de 20 anos de polarização entre PT e PSDB.
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Já Dilma Rousseff cobrou de Aécio Neves medidas impopulares como algumas tomadas por Fernando Henrique Cardoso nos anos 90. E o candidato tucano fez questão de enfatizar o orgulho que sente ao ser associado ao criador do Plano Real.
Em sua réplica, a presidente afirmou que o PSDB quebrou o país ao pedir empréstimo ao FMI, aumentar impostos e reduzir o emprego. Dilma Rousseff disse que garante que gerou mais empregos em seu governo do que em toda a era FHC.
Os quatro candidatos nanicos se queixaram de que pouco foram acionados durante todo o debate. O Pastor Everaldo, do PSC, prometeu uma reforma na previdência e citou o exemplo doméstico para explicar o sofrimento do aposentado.
Levy Fidelix enfatizou que o Brasil deve hoje R$ 2,2 trilhões, a maior parte deles contraídos nos governos do PT. O candidato do PRTB defendeu uma auditoria fiscal e a renegociação da dívida, caso contrário, acredita que o país “vai para o buraco”:
O candidato do PV declarou que é contrário ao Banco Central independente. Eduardo Jorge apontou que essa medida apenas aumentaria o lucro dos bancos com os juros altos para combater a inflação.
Questionada sobre a questão indígena, a candidata do PSOL destacou que sua política seria a demarcação imediata das terras. Luciana Genro defendeu a reforma agrária inclusive para baixar a inflação.
Os analistas observaram que ao longo do debate, o tema da corrupção não foi atacado em profundidade. Nenhum dos candidatos, por exemplo, tocou no caso do Mensalão do PT, nem do Mensalão Mineiro.
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