Cargos comissionados representam 0,4% da folha salarial de servidores
Os cerca de 23 mil cargos comissionados da presidência e dos ministérios representam apenas 0,4% da folha de pagamento dos servidores ativos e inativos do governo federal. A categoria é alvo constante de promessas de extinção e enxugamento.
Entre esses “cargos de confiança”, estão presidentes, diretores, coordenadores, chefes e assessores dos principais órgãos e programas do governo. Três em cada quatro integrantes desse grupo de elite do funcionalismo são servidores de carreira.
Isso significa que eles não podem ser demitidos e, no máximo, perderiam somente parte dos vencimentos com um eventual corte de gastos nessa área. O presidente eleito Jair Bolsonaro já disse que pretende reduzir em 30% o número de postos do tipo.
Atualmente, os benefícios adicionais pagos a comissionados custam cerca de R$ 1 bilhão por ano. Em 2018, o gasto total com servidores federais será de R$ 242 bilhões, com expectativa de que o total chegue a R$ 263 bilhões no ano que vem.
Pós-impeachment
Com a saída de Dilma Rousseff do governo, em 2016, o então recém-empossado presidente Michel Temer prometeu cortar 4 mil cargos comissionados. Entretanto, o total de ocupantes dessas vagas aumentou de 21.766 para 22.894.
Apesar dos números, o Ministério do Planejamento alega que o corte efetivamente foi feito. Em 2017. A pasta alegou ainda que, nesse ano, cerca de 3 mil novos cargos entraram na conta – eles foram “esquecidos” entre 2008 e 2016 por terem outra “nomenclatura”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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