Caso João de Deus: defesa entra com pedido de habeas corpus
Um habeas corpus foi protocolado junto à Justiça de Goiás na tarde desta segunda-feira (17) pelo advogado Alberto Toron para tentar revogar a prisão preventiva de João Teixeira de Faria, o médium João de Deus.
Se o pedido for negado, a defesa solicitará que se adote medidas cautelares como prisão domiciliar, colocação de tornozeleira e a proibição de exercer o ofício. “São medidas que acautelam o meio social, que preservam a possibilidade da prática de novos crimes, se é que eles existiram, com um método menos invasivo, meio menos invasivo”, explicou.
João de Deus se entregou às autoridades no fim da tarde de domingo (16) e está detido no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia.
Repercussão da prisão
Logo após o anúncio da prisão, a promotora responsável pelo caso em São Paulo, Gabriela Manssur, comemorou e revelou em entrevista exclusiva à Jovem Pan que “há muitas provas cabais” que comprovam os crimes de abuso sexual. De acordo com ela, essas provas vão de gravações a trocas de mensagens.
“Há testemunhas diretas que ficaram sabendo dos fatos, acompanharam o sofrimento das vítimas. Temos também documentos (…) Essa prisão é um marco. É importante para dar uma resposta à sociedade”, afirmou.
Alberto Toron, por sua vez, alegou que o médium está sendo vítima de “uma grande injustiça”. “Sou advogado há 37 anos. Esse é um dos casos mais complexos que já peguei. Mas não diria que é o mais difícil. Ele está sendo vítima de uma grande injustiça. Com a oportunidade de termos alguns depoimentos que ainda não conhecemos, tenho certeza que muitos equívocos poderão ser desfeitos”, disse também à Jovem Pan.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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