Caso Marielle: porteiro que citou Bolsonaro diz que ‘se enganou’
O porteiro do condomínio Vivendas da Barra recuou em depoimento prestado à Polícia Federal nesta terça-feira (19) e afirmou ter errado ao registrar em uma planilha a entrada de Elcio Queiroz na casa de número 58, pertencente ao presidente Jair Bolsonaro.
Em seu depoimento, o funcionário disse que deu a primeira versão da história — na qual a entrada do suspeito de matar a vereadora Marielle Franco foi autorizada pelo “Seu Jair” — por ter se sentido “pressionado”.
A investigação teve início após reportagem da TV Globo mostrar que um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle) deu entrada no condomínio em 14 de março de 2018 dirigindo um Renault Logan prata.
Ele teria informado que iria visitar a casa 58. O porteiro afirmou ter confirmado a entrada com o “Seu Jair”. O presidente, à época deputado federal, estava em Brasília conforme registros da Câmara. Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos há 616 dias – em março de 2018 – em circunstâncias até o momento não esclarecidas.
A repercussão do caso levou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a solicitar, via Procuradoria-Geral da República (PGR), a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar o depoimento.
*Com Estadão Conteúdo
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