Casos confirmados de coronavírus no Brasil saltam para 621

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2020 17h09 - Atualizado em 19/03/2020 18h16
LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Idoso utiliza máscara durante fila de espera no INSS No total, já são cinco mortes em São Paulo e duas no Rio de Janeiro, totalizando sete no País

O Ministério da Saúde atualizou, nesta quinta-feira (19), para 621 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Ontem, eram 428 — o que representa um aumento de 45%. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Santa Catarina e Pernambuco registraram transmissões sustentadas, ou seja, não é possível saber a origem do vírus.

No total, já são cinco mortes em São Paulo e duas no Rio de Janeiro, totalizando sete no País. Em coletiva de imprensa, a pasta informou que seriam seis mortes. Porém, não foi contabilizado o óbito ocorrido em SP na tarde de hoje.

SP e RJ são os locais que mais têm casos suspeitos: 286 e 65, respectivamente.

Os números estão distribuídos da seguinte forma: Alagoas (4), Acre (3), Amazonas (3) e Tocantins (1), Bahia (30), Ceará (20), Paraíba (1), Pernambuco (28), Rio Grande do Norte (1) e Sergipe (6). Na região Sudeste, Espírito Santo (11), Minas Gerais (29), Rio de Janeiro (65) e São Paulo (286).

Segundo o Ministério, todos os estados receberam testes para o coronavírus. “A partir de hoje, todos os estados estão capacitados para realizar uma capacidade mensal de 40 mil exames/mês, em toda a rede, mas estamos ampliando, colocando mais máquinas e automatizando a rede nacional de laboratórios”, explicou o secretário Wanderson Oliveira.

O ministro Luiz Henrique Mandetta destacou o aumento da transmissão sustentada de um dia para o outro. “À exceção da região Amazônica, todas as outras regiões têm aumentos sistemáticos em blocos”, disse. “Cenário da Covid-19 no Brasil tem caráter mais nacional do que regional e se [a doença] levantar toda em bloco vai ser muito mais difícil de monitorar”.

Ele explicou, no entanto, que a característica do novo coronavírus no País não é, ao menos por enquanto, de alta letalidade individual. Em São Paulo, por exemplo, onde foram registradas os primeiros óbitos, a taxa é de 1%. Ele explicou ainda que 98% dos infectados “vão bem” e outros 2% são muito graves.

O ministro alertou que “para cada um dos confirmados deve ter um número de não confirmados” e que os registros atuais são só ponta do iceberg”, o que justifica a necessidade de “se fazer travas”, com restrições já adotadas. “Estamos no pé da montanha. Como o vírus tem 14 dias, o que fizemos 14 dias atrás é o que reflete”, completou ele, numa referência ao período máximo de incubação do novo coronavírus.

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