Chácara alvo da Polícia Civil era usada para reunião e treinamento paramilitar de grupos bolsonaristas

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2020 13h29 - Atualizado em 22/06/2020 13h37
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Sara Winter, presa na última segunda, e integrantes do grupo de extrema direita '300 do Brasil'

A chácara que foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal neste domingo (21) era usada para treinamento paramilitar e reuniões de grupos bolsonaristas. Segundo as investigações, o local era usado para reuniões dos grupos 300 do Brasil, Patriotas e QG Rural, que são compostos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

A chácara fica a 22 quilômetros de Brasília e lá foram apreendidos fogos de artifício, planos de ação em manifestações, celulares, um facão, cofre entre outros materiais usados nas manifestações do final de semana que tem acontecido na capital federal.

“Acreditamos que esse acampamento era utilizado pelo grupo para reuniões e treinamentos, assim como naquele acampamento, na região de Rajadinha, onde que o grupo declarava fazer treinamentos paramilitares, de inteligência e outros”, disse o delegado Leonardo Castro, coordenador da CECOR (Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), em coletiva de imprensa nesta segunda.

Os grupos teriam migrado para a chácara após a desmobilização do Núcleo Rural Rajadinha, também no DF, onde se reuniam anteriormente. Eles realizavam serviços de inteligência para impedir que a polícia chegasse localizasse o endereço.

Entre os itens apreendidos, um caderno de anotações chamou atenção dos policiais. Segundo Castro, as anotações parecem estar vinculadas à prestação de contas, “o que pode levar a uma investigação sobre os financiadores dos grupos”, afirmou.

No último domingo, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de um ataque com fogos de artifícios e uma das líderes do grupo 300 do Brasil, a ativista Sara Giromini, foi presa na última segunda.

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