Chega a seis o número de mortos após temporal no Rio de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2019 15h31
Onofre Veras/Estadão Conteúdo Um ônibus ficou embaixo de árvores após as chuvas de quarta

Subiu para seis o número de mortos em razão das fortes chuvas que atingem o Rio de Janeiro desde a noite de quarta-feira (6). A informação foi confirmada nesta quinta (7) por bombeiros e pelo prefeito Marcelo Crivella, que decretou luto oficial de três dias. Com o temporal, um deslizamento provocou o desabamento de trecho de ciclovia na cidade.

Entre as vítimas fatais há uma mulher que estava em ônibus atingido por uma barreira que caiu na Avenida Niemeyer, perto do Vidigal, na zona sul carioca. Até o fim da manhã desta quinta, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil ainda tentava retirar o veículo, que está embaixo de árvores, com auxílio de motosserras, machados e um guindaste.

O corpo de outro passageiro do ônibus que estava desaparecido foi localizado nesta tarde. Ele morreu soterrado. Além dessas vítimas, as chuvas causaram uma morte da Rocinha e outra no Vidigal – onde seis pessoas feridas foram resgatadas, entre elas uma mulher grávida. A gestante sofreu apenas escoriações, conforme porta-voz dos bombeiros.

As outras duas pessoas que completam a lista morreram durante o desabamento de uma casa em Pedra de Guaratiba, na zona oeste da cidade. No mesmo local, dois homens ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge. Os número ainda podem mudar, de acordo com novos atendimentos feitos em toda a região.

Situação

O Centro de Operações da prefeitura do Rio informou que a Avenida Niemeyer permanecerá totalmente interditada nos dois sentidos até a conclusão de trabalhos das equipes municipais e dos bombeiros. A orientação é que os motoristas que precisarem trafegar entre a Gávea e São Conrado nesta quinta acessem o Túnel Zuzu Angel.

Além de São Conrado, os bairros mais atingidos foram Barra da Tijuca, Itanhagá, Freguesia e as comunidades da Rocinha e do Vidigal. No total, 170 árvores e seis postes foram derrubados pelo vento e 17 bolsões de alagamentos foram formados nas ruas. No Forte de Copacabana, a medição mostrou rajadas de vento de 110 quilômetros por hora.

Dos 35 pontos de alagamento registrados, ainda há pelo menos sete, em bairros como Lagoa-Barra, Itanhangá, Barra da Tijuca e Pechincha. Neste momento, 11 bairros estão sem luz, a maioria na zona oeste. A Defesa Civil registrou 206 vistorias em razão das chuvas, entre desabamentos e ameaças de estruturas, rachaduras e deslizamentos.

Estágio de crise

A cidade entrou em estágio de crise às 22h15 de quarta por fortes chuvas e intensas rajadas de vento. O fenômeno causou alagamentos em ruas e estabelecimentos comerciais, interditou vias e deixou bairros às escuras. A administração municipal recomendou que a população somente se desloque “em caso de extrema necessidade”.

O estágio de crise é o terceiro nível em uma escala de três e significa chuva forte a muito forte nas próximas horas, podendo causar alagamentos e deslizamentos. Segundo o Centro de Operações, entre 18h e meia-noite, choveu mais do que a média mensal. Sirenes da Rocinha e Sítio Pai João foram acionadas para alertar moradores a procurarem apoio.

A prefeitura recomendou que motoristas evitem vias alagadas e alertou a população para evitar contato com postes ou equipamentos energizados. “Moradores de áreas de risco precisam ficar atentos a alertas sonoros. O acionamento das sirenes indica perigo de deslizamento As pessoas devem se deslocar para pontos de apoio”, detalhou o Centro de Operações.

Previsão do tempo

A previsão para esta quinta é de chuva fraca a moderada e a cidade deve permanecer em estágio de crise. De acordo com o Sistema Alerta Rio, o dia deve ser de tempo instável na capital em razão da formação de um sistema de baixa pressão no oceano. As temperaturas ficarão estáveis, com máxima prevista de 30° C e a mínima de 18° C.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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