Na China, Doria critica trocas no comando da Apex: ‘Cria instabilidade’

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2019 15h23
Flavio Corvello/Estadão Conteúdo A declaração foi mais um sinal do descolamento de Doria do presidente Jair Bolsonaro

Em visita à China nesta segunda-feira (5), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou as mudanças recentes no comando da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), órgão que teve dois presidentes trocados no período de sete meses durante governo do presidente Jair Bolsonaro.

O tucano tratou do assunto na fala de abertura de uma coletiva de imprensa em Pequim, para onde viajou com uma missão empresarial para tentar encontrar investidores para estatais e projetos em São Paulo. Ele comparou o órgão do governo federal com a InvestSP – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade.

“A Apex sofreu em 7 meses duas alterações de direção. Isso cria instabilidade em uma agência de promoção internacional. Inspirado nisso, criamos um novo modelo (na InvestSP) com mais autonomia política e financeira”, afirmou.

A declaração foi mais um sinal do descolamento de Doria de Bolsonaro, a quem apoiou na campanha, quando lançou o slogan “Bolsodoria”. Na semana passada, o tucano surpreendeu ao dizer que nunca teve alinhamento com o presidente e ao criticar a fala sobre a morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Histórico da Apex

A Apex já teve três presidentes desde o começo do ano. Em abril, o atual presidente, o contra-almirante da Marinha Sergio Ricardo Segovia, tomou posse e demitiu dois diretores da gestão corporativa do órgão. Antes de deixar o cargo após três meses de gestão, o presidente anterior, Mário Vilalva, afirmou que havia sido alvo de “sabotagens” do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, cuja pasta é responsável pela Apex. Antes de Vivalva, a Apex foi comandada por Alex Carreiro por dez dias.

A agência tem a atribuição de promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para o País.

*Com Estadão Conteúdo

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