Chuvas no Rio Grande do Sul vão parar? Meteorologista analisa

Glauco Freitas explica que estado sofre com um bloqueio atmosférico, caracterizado por sistemas frontais estacionados que provocam chuvas contínuas, especialmente na faixa central

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2024 16h29
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BRUNO KIRILOS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Agentes públicos e voluntários fazem mutirão de trabalho para realizar o resgate de pessoas e animais ilhados pelas enchentes, com utilização de botes, canoas e jet skis, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na quinta-feira, 09 de maio de 2024. Uma nova frente fria, que chega ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 10, deve levar riscos para o estado já castigado pelos temporais da semana passada. Existe a previsão de que, a partir desta sexta, o sistema frontal fique estacionado sobre a região central do estado, criando condições para a piora do quadro atual das enchentes Agentes públicos e voluntários fazem mutirão de trabalho para realizar o resgate de pessoas e animais ilhados pelas enchentes, com utilização de botes, canoas e jet skis, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na quinta-feira, 09 de maio de 2024. Uma nova frente fria, que chega ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 10, deve levar riscos para o estado já castigado pelos temporais da semana passada. Existe a previsão de que, a partir desta sexta, o sistema frontal fique estacionado sobre a região central do estado, criando condições para a piora do quadro atual das enchentes

O Rio Grande do Sul está passando por um período particularmente desafiador em termos climáticos, com chuvas intensas que têm causado preocupações significativas em relação à capacidade de resgate e assistência às áreas mais afetadas. Em uma entrevista à Jovem Pan News, Glauco Freitas, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e natural de Porto Alegre, disse que o estado está enfrentando um bloqueio atmosférico, caracterizado por sistemas frontais estacionados que provocam chuvas contínuas, especialmente na faixa central. “Esse fenômeno é resultado do contraste de temperatura entre massas de ar, exacerbado por uma onda de calor no centro do Brasil e uma massa de ar polar avançando. A expectativa é que a massa de ar polar consiga romper o bloqueio e aliviar as chuvas, mas as previsões ainda são incertas”, disse o meteorologista.

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Freitas enfatizou a importância de monitorar novas avaliações dos modelos meteorológicos para entender melhor quando a situação pode começar a melhorar. Além das condições atuais, a Freitas falou sobre a climatologia típica do estado, que geralmente vê sistemas frontais passando pela região a cada sete dias. No entanto, a situação atual sugere um período mais frequente de chuvas, com expectativas de apenas três a quatro dias de tempo seco nos próximos meses. Freitas levantou a possibilidade de que a situação climática atual possa afetar não apenas o Rio Grande do Sul, mas também estados vizinhos como Santa Catarina e Paraná, além do Uruguai, indicando a magnitude e a abrangência do desafio climático enfrentado.

Freitas reconheceu que, apesar dos avanços significativos na capacidade de prever tais eventos, desafios permanecem, especialmente em prever com precisão eventos localizados. A transição do fenômeno El Niño para La Niña foi mencionada como um fator crítico que pode influenciar o clima nos próximos meses, sublinhando a complexidade e a importância da meteorologia e da preparação para eventos climáticos extremos. À medida que o Rio Grande do Sul se prepara para mais chuvas e possíveis baixas temperaturas, a atenção se volta para a assistência às áreas afetadas e para a prevenção de futuros desastres, reforçando a necessidade de vigilância e preparação contínuas.

 

 

 

 

 

 

 

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