Cidade de Minas decreta feriado para simular evacuação de área de barragem

  • Por Jovem Pan
  • 25/03/2019 14h43
Estadão Conteúdo Vale acionou o nível de alerta 2 para a barragem em fevereiro

A prefeitura de Barão de Cocais (MG) decretou feriado municipal nesta segunda-feira, 25 para que a população participe do exercício de evacuação de áreas que correm o risco de ser atingidas caso a barragem sul superior da Mina de Gongo Soco, da mineradora Vale, se rompa.

O simulado ocorrerá às 16 horas. Ao longo da manhã, técnicos da Defesa Civil estadual realizaram reuniões preparatórias em diferentes pontos da cidade, orientando a população sobre o exercício de evacuação de emergência e sobre como proceder em caso de desastre.

“Não há motivo para pânico”, garantiu o diretor de Resposta a Desastres da Defesa Civil, capitão Herbert Aquino Marcelino, em vídeo divulgado nas redes sociais. “O importante é que o cidadão receba informações do que fazer para, de forma segura, realizar uma evacuação em caso de emergência”, acrescentou.

A Vale acionou o nível de alerta 2 para a barragem em 8 de fevereiro. Na ocasião, todos os moradores da chamada área de salvamento foram retirados da região. A empresa pode ser obrigada a construir um muro para evitar que a lama atinja a cidade em um eventual rompimento da estrutura.

Na última sexta-feira, 22, após detectar a instabilidade do terreno, a mineradora elevou o alerta para o nível 3, admitindo o risco iminente de ruptura da estrutura e intensificando o temor de que uma nova tragédia parecida com o rompimento das barragens de rejeitos de Mariana e Brumadinho, ambas em Minas Gerais, se repita.

A estimativa é que cerca de 6 mil pessoas vivam em áreas passíveis de serem diretamente impactadas pelo eventual rompimento da barragem. No total, a população cocaiense gira em torno de 29 mil pessoas.

De acordo com Marcelino, caso a barragem colapse, os impactos serão sentidos não só nas áreas de salvamento, mas também em áreas próximas à calha do Rio São João.

“Por isso, vamos realizar o simulado, repassar informações e treinar a evacuação das pessoas que moram ou trabalham nestas áreas próximas à calha do rio”, complementou o capitão.

*Com Agência Brasil

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