Cidade de São Paulo registra surto de sarampo
Capital soma 32 casos confirmados da doença, após quase quatro anos sem registros de infecção do sarampo
Com 32 casos confirmados de sarampo somente em 2019, a cidade de São Paulo registra surtos da doença e circulação do vírus em seu território. A capital estava há quase quatro anos sem registrar infecção pela doença.
O alerta nas Vigilâncias Sanitárias do Estado e do Município aumentou nas últimas duas semanas, quando o número de casos confirmados saltou de 14 para 32. Do total, oito são importados — ou seja, cuja infecção ocorreu fora de São Paulo — e os demais estão sendo investigados para que a secretaria possa determinar se a contaminação ocorreu internamente.
Outros 147 casos suspeitos foram notificados, entre eles o de um aluno de uma escola infantil da Pompeia, na Zona Oeste. Devido a esse caso, a prefeitura decidiu realizar uma vacinação geral de alunos e funcionários do colégio nesta semana, inclusive de bebês menores de 1 ano, faixa etária em que o imunizante geralmente não é recomendado. Por causa de um possível contato com a criança doente, os bebês a partir de 6 meses que frequentam a escola também serão imunizados.
“Embora a vacina seja indicada aos 12 meses e 15 meses (primeira e segunda doses), ela pode ser aplicada a partir dos 6 meses sem nenhum risco. É segura”, explicou Solange Maria de Sabóia e Silva, coordenadora da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) da secretaria municipal.
A notícia do caso suspeito causou preocupação na escola, principalmente entre pais de alunos menores de 1 ano, ainda não imunizados. “Meu filho acabou de completar 1 ano e tinha tomado a vacina na semana passada, mas são necessários dez dias para a vacina começar a proteger. Se o caso suspeito for confirmado como sarampo, há um risco de ele ter sido contaminado porque a doença é altamente contagiosa e as crianças convivem no mesmo ambiente. Estamos com muito medo”, diz o engenheiro Alexandre Ganeu, de 41 anos.
ara tentar impedir um surto de grandes proporções na cidade, a Prefeitura iniciou na semana passada uma vacinação para jovens de 15 a 29 anos, mas a adesão, após uma semana de campanha, é muito baixa: apenas 0,2% do público esperado compareceu aos postos.
“As pessoas têm de levar a sério a recomendação de vacinação. O vírus está circulando na cidade e a única forma de prevenção é a vacina”, afirmou Solange. Ela ressaltou que, para quem trabalha de segunda a sexta em horário comercial, há 80 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) integradas com AMAs que abrem aos sábados.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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