Cidade de São Paulo decreta estado de emergência e pede doses de vacina ao Ministério da Saúde
Incidência da doença na capital paulista atualmente é de 414 casos para cada 100 mil habitantes
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decretou nesta segunda-feira (18) estado de emergência devido à epidemia de dengue. A incidência da doença na capital paulista atualmente é de 414 casos para cada 100 mil habitantes. O número de mortes pela mesma quantidade de munícipes também aumentou, de 8 para 11. A Prefeitura de São Paulo afirma estar mobilizando todos os esforços para o controle da doença e dos criadouros. Em ofício endereçado ao Ministério da Saúde, a gestão municipal solicitou o envio de doses de vacina contra a dengue. “Considerando as diretrizes da OMS e Ministério da Saúde, bem como o alto fluxo de pacientes sintomáticos para dengue que têm procurado atendimento nas unidades públicas e privadas, em busca de assistência médica, informamos que a cidade entrou em situação de emergência em saúde pública, em razão de epidemia de dengue. Neste contexto, torna-se ainda mais urgente o direito de vacinação contra a dengue aos paulistanos. Reiteramos, portanto, as solicitações do envio imediato de doses da vacina pelo Ministério da Saúde ao município de São Paulo”, diz o documento.
A maior parte dos investimentos, cerca de 84%, provém dos cofres municipais. A partir desta segunda, as AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais) em São Paulo passarão a funcionar em horário estendido, até as 22h. No Estado de São Paulo, já foram registradas 78 mortes por dengue e mais de 234 mil casos confirmados em todos os municípios paulistas. A Secretaria de Estado da Saúde anunciou a compra centralizada de medicamentos e insumos para distribuição aos municípios, enquanto o Instituto de Infectologia Emílio Ribas em São Paulo está abrindo novos leitos para atender casos graves. A falta de controle efetivo da doença pode levar o país a um cenário ainda mais desafiador, com estimativas de até 4,2 milhões de casos, segundo órgãos públicos. Em São Paulo, a epidemia não afeta apenas diretamente os pacientes, mas também tem impactos indiretos, como na disponibilidade de sangue para transfusões, conforme alertado pelo GSH Banco de Sangue de São Paulo.
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