Com avanço da Covid-19, cidades do interior de SP recuam flexibilização

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2020 12h19 - Atualizado em 06/06/2020 12h22
Andy Rain/EFE O prefeito Jô Silvestre (PTB) decidiu adotar regras mais rígidas após o avanço da Covid-19 em Avaré

Por causa do avanço da Covid-19 no Estado de São Paulo, diversas cidades do interior estão recuando no processo de reabertura econômica, adotado após a publicação do Plano São Paulo. Entre os municípios está Piracicaba, que acatou recomendação do Ministério Público de São Paulo e reduziu o horário de funcionamento do comércio para quatro horas diárias.

A cidade está na fase 2 , que permite abrir o comércio por 4 horas, mas um decreto municipal autorizava maior funcionamento das atividades. A prefeitura tinha reaberto também salões de beleza, barbearias, manicures e outros estabelecimentos de beleza estética, que agora voltam a fechar.

Outra cidade que resolver conter a flexibilização foi Avaré, que está na fase 3 da reabertura. O prefeito do município, Jô Silvestre (PTB), no entanto, decidiu adotar regras mais rígidas. Agora, só funcionam os estabelecimentos de produtos essenciais e aqueles previstos na faixa 2, seguindo a obrigação de tomar a temperatura corporal de cada consumidor.

Jô Silvestre afirmou que, se os números continuarem em ascensão, a cidade pode ainda regredir para a faixa 1 (vermelha), a mais restritiva. Conforme o município, seis pacientes com sintomas graves estão internados na Santa Casa, hospital de referência, que atingiu 100% de lotação dos leitos de UTI.

Em Ribeirão Preto, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Geraldo Pinheiro Franco, derrubou liminares que permitiam a abertura de uma academia de musculação e de um salão de beleza na cidade. Ele entendeu que, embora amparadas por decreto federal, essas reaberturas representam risco à saúde e ordem pública, além de prejudicar a autonomia do município.

A prefeitura de Santos, no litoral paulista, informou que espera do governo estadual a promoção para a faixa 2, que permite o retorno comercial. Entretanto, o Ministério Público de São Paulo recomendou que o município siga as determinações e não adote medidas de flexibilização, entendendo que a pandemia está em fase de aceleração na cidade.

A Justiça determinou ainda que salões de beleza e academias de Campo Limpo Paulista permaneçam fechadas. O município está incluído na faixa 2, mas um decreto municipal liberou o funcionamento, restrito às cidades da faixa 3 (amarela). A decisão judicial, que atendeu pedido do MP, estipulou multa diária de R$ 50 mil na hipótese de descumprimento.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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