Cientista político compara Marina Silva a Lula de 2002: temor e fascínio

  • Por Jovem Pan
  • 18/08/2014 18h06

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Leonardo Barreto, doutor em Ciência Política pela UNB, avlaliou as consequências eleitorais da muito provável entrada de Marina Silva na corrida eleitoral.

Para Barreto, os dados do Datafolha que colocaram Marina empatada com Aécio no primeiro turno à frente de Dilma numa eventual segunda etapa, com empate técnico, estão “contaminados” pela comoção após a morte de Campos. 

“Ela eleitoralmente é mais forte do que Eduardo”, reconhece Barreto, lembrando que no começo do ano anotava 27% de intenção de votos em pesquisa, “mas entra anabolizada por essa tragédia”, diz.

“Se a gente olha para a pesquisa do Datafolha, uma boa parte dos votos que ela recebeu foi de indecisos e nulos”, constata. Porém, a maior parte do eleitorado está entre os jovens, os de maior renda e de maior escolaridade, justamente o público entre o qual quem tem maiores índices era Aécio Neves, que deve se preocupar.

Marina ainda não foi questionada sobre suas ideias para transporte e economia, por exemplo. Para o centista político, é o desempenho da provável candidata no debate eleitoral nos próximos quase 50 dias que poderá fazer uma “transição da emoção” para as urnas.

Por fim, Barreto compara a figura de Marina neste ano com a de Lula em 2002. “Existe muito temor em relação ao que ela pode fazer caso eleita, mas ao mesmo tempo muito fascínio em relação à figura dela”, contrapõe.

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