Citando apoio a Bolsonaro, Doria diz que o PSDB ‘não ficará mais em cima do muro’
O governador eleito de São Paulo João Doria (PSDB) participou nesta quarta-feira (7) de um almoço com a bancada de seu partido da Câmara dos Deputados em Brasília. Durante o evento, reforçou mais uma vez seu apoio ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). “O PSDB, agora, vai ter lado e não ficará mais em cima do muro”, disse.
Também no encontro, o ex-prefeito da capital paulista pediu que os colegas aprovem a reforma da Previdência se possível ainda neste ano e ajudem o presidente eleito a governar. Para ele, a sigla precisa “pensar no futuro” e, mesmo sem fazer parte do governo, auxiliar o capitão reformado do Exército no Congresso.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), eleito deputado, e o governador reeleito de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foram alguns dos participantes.
Conflito com Alckmin
A posição do governador eleito é contrária à oposição pregada por Geraldo Alckmin, presidente do partido e candidato derrotado no primeiro turno da eleição presidencial. O tucano também esteve em Brasília nesse início de semana, mas não participou do almoço. Ao lado de apoiadores, entre eles os senadores Tasso Jereissati (CE) e José Serra (SP), ele pretende criar um polo de resistência à hegemonia de Doria sobre a legenda.
“Não vamos fazer oposição simplesmente por fazer, mas, na minha opinião, deveremos ficar independentes em relação ao governo Bolsonaro”, afirmou Tasso, cotado por partidos de oposição como pré-candidato à presidência do Senado, em fevereiro de 2019.
Alckmin assumiu o comando do PSDB em dezembro do ano passado e o mandato vai até dezembro de 2019. Cogita-se, porém, uma suposta troca de comando já em maio. Nos bastidores, o nome mais cotado para o posto é o do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), ex-ministro das Cidades no governo de Michel Temer.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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