Collor terá contas investigadas por suspeita de participação no petrolão
Fernando Collor de Mello como presidente de comissão no Senado
Fernando Collor de Mello em comissão no SenadoO senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, terá contas investigadas por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras.
O ministro do STF Teori Zavascki determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Collor após um pedido da Procuradoria Geral da República. A suspeita é de que o parlamentar tenha recebido cerca de R$ 3 milhões em propina em um negócio da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
A quebra do sigilo do ex-presidente da república abrange o período entre os dias 1º de janeiro de 2011 e 1º de abril de 2014.
A decisão também afeta outras pessoas e empresas suspeitas de relação com o caso, como um ex-ministro de Collor, o empresário Pedro Paulo Leoni. A suspeita é de que Leoni é o elo entre o senador alagoano e o doleiro Alberto Youssef.
Youssef disse que fez vários depósitos e entregas para Collor, e que também recebeu recursos no exterior a pedido de Pedro Paulo Leoni.
Um funcionário de Youssef também já disse ter entregado dinheiro em espécie para Collor, o que dificultará o rastreamento desses recursos pela PGR.
A decisão de Teori de quebrar os sigilos fiscal e bancário do senador foi proferida no último dia 14 e é sigilosa.
A defesa de Collor informou que ainda não havia tido acesso a decisão, e o gabinete dele disse que o senador só vai se pronunciar sobre o caso em plenário.
Teori Zavaski também já havia autorizado a quebra do sigilo do ex-deputado pelo PP de Santa Catarina João Alberto Pizzolatti Junior.
A Polícia Federal também pediu quebras de sigilo do presidente do Senado, Renan Calheiros, também do PMDB de Alagoas, e o deputado Aníbal Gomes, do PMDB do Ceará, mas a decisão permanece em sigilo.
Informações de Gustavo Aguiar
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