Collor terá contas investigadas por suspeita de participação no petrolão

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2015 16h24
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Fernando Collor de Mello como presidente de comissão no Senado Antonio Cruz/Agência Brasil Fernando Collor de Mello em comissão no Senado

O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, terá contas investigadas por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras.

O ministro do STF Teori Zavascki determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Collor após um pedido da Procuradoria Geral da República. A suspeita é de que o parlamentar tenha recebido cerca de R$ 3 milhões em propina em um negócio da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

A quebra do sigilo do ex-presidente da república abrange o período entre os dias 1º de janeiro de 2011 e 1º de abril de 2014. 

A decisão também afeta outras pessoas e empresas suspeitas de relação com o caso, como um ex-ministro de Collor, o empresário Pedro Paulo Leoni. A suspeita é de que Leoni é o elo entre o senador alagoano e o doleiro Alberto Youssef.

Youssef disse que fez vários depósitos e entregas para Collor, e que também recebeu recursos no exterior a pedido de Pedro Paulo Leoni.

Um funcionário de Youssef também já disse ter entregado dinheiro em espécie para Collor, o que dificultará o rastreamento desses recursos pela PGR.

A decisão de Teori de quebrar os sigilos fiscal e bancário do senador foi proferida no último dia 14 e é sigilosa.

A defesa de Collor informou que ainda não havia tido acesso a decisão, e o gabinete dele disse que o senador só vai se pronunciar sobre o caso em plenário.

Teori Zavaski também já havia autorizado a quebra do sigilo do ex-deputado pelo PP de Santa Catarina João Alberto Pizzolatti Junior.

A Polícia Federal também pediu quebras de sigilo do presidente do Senado, Renan Calheiros, também do PMDB de Alagoas, e o deputado Aníbal Gomes, do PMDB do Ceará, mas a decisão permanece em sigilo.

Informações de Gustavo Aguiar

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