Com desgaste entre eleitores, eleição de SP será teste de sobrevivência para o PT
A eleição municipal deste ano em São Paulo será um teste de sobrevivência para o PT com vistas a 2018. A disputa ocorre em um momento de rejeição elevada aos principais nomes do partido, implicados em denúncias de corrupção.
Para o PT, desgastado pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff, perder mais espaço em grandes cidades poderá determinar o futuro da legenda. O presidente da sigla na capital paulista, vereador Paulo Fiorilo, espera que o debate não seja nacionalizado, mas pautado pelos desafios da cidade: “É óbvio que o eleitor está preocupado com a cidade, o que será feito na sua rua, no seu bairro. Então vamos apresentar aquilo que foi feito pelo governo do prefeito Fernando Haddad e o que se propõe para os próximos quatro anos. É esse o debate que nós temos que fazer”. Fiorilo afirma que o PT precisa estar preparado e não vai fugir de nenhuma discussão.
Em entrevista a Marcelo Mattos, o vereador Ricardo Young, pré-candidato da REDE em São Paulo, diz que o repúdio à velha política irá prevalecer: “Nós estamos cansados dessa política tradicional, polarizada, onde um joga nas costas do outro a responsabilidade que é de todos e, ao mesmo tempo, se apresentam como partidos que não tem responsabilidade sobre o que aconteceu”. Young defende a renovação dos quadros nos partidos para diminuir a rejeição aos políticos.
O presidente do PSDB municipal de São Paulo, vereador Mário Covas Neto, aposta no novo em outubro para empolgar o eleitor: “Há um sentimento generalizado da pop de repulsa e de certa antipatia à classe política como um todo. Isso indefere de partido”.
Até 2 de abril, prazo final para a mudança partidária, o PT havia perdido 24 dos 72 prefeitos eleitos no estado de São Paulo em 2012. No mesmo período, 28% dos 664 vereadores eleitos pela legenda há quatro anos, trocaram de sigla.
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