Com prisão de Cunha, caminho de Curitiba está aberto para Lula, diz líder do DEM

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/10/2016 16h10
Brasília - Deputado Pauderney Avelino pede que Waldir Maranhão renuncie a presidência interina da Câmara dos Deputados (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil Deputado Pauderney Avelino - DEM

O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), considerou uma “surpresa” a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) antes mesmo de prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro. O parlamentar disse que, com a prisão do peemedebista, o próximo poderá ser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Se for na tese do PT (de prender Cunha primeiro), o caminho está aberto e as portas de Curitiba estão abertas para Lula”, alfinetou.

Aliado do governo, Pauderney ressaltou que Cunha tinha relações com vários parlamentares de diversas legendas e que sua prisão mostra que ninguém está “imune” à lei. O líder do DEM disse não saber se uma possível delação premiada pode atingir o governo, mas destacou que a prisão em si não deve trazer prejuízo à pauta de votações do governo. “Não creio que sob esse aspecto vai prejudicar, a Casa vai continuar funcionando. Agora que cria um estresse, cria”, reconheceu.

Na oposição, o líder do PCdoB, Daniel Almeida (BA), foi um dos primeiros a vir à público dizer que Cunha cometeu diversos crimes, desde chantagem a violação do regimento interno da Câmara. “Ele tem um rosário de crimes que cometeu durante o longo período de atividade parlamentar, intensificando esses crimes nos últimos tempos”, enfatizou. 

O deputado disse esperar que a prisão “sirva de bom exemplo” e detenha suas ações mesmo fora do mandato, já que se trata de uma pessoa “que tem um grau de periculosidade reconhecido”. “No caso dele, é uma prisão aguardada durante bastante tempo”.

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