Comissão do impeachment nega inclusão de áudios de Machado e Jucá
Em sessão de quase dez horas de duração e marcada por discussões, a comissão do impeachment no Senado seguiu o parecer do relator Antonio Anastasia (PMDB-MG) e rejeitou a inclusão dos áudios realizadas entre Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e Romero Jucá.
A inclusão das gravações foi feita pela defesa da presidente afastada Dilma Rousseff. O argumento é de que os registros das conversas com Jucá e outros líderes do PMDB comprovariam que o processo de impeachment foi aberto com o intuito de barrar a Operação Lava Jato.
José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma na comissão, e senadores aliados da presidente afastada disseram que iriam recorrer da decisão ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Nesta fase cabe a Lewandowski decidir sobre os recursos contra a comissão.
Nesta quinta-feira (2), a comissão aprovou o relatório de Anastasia sobre os requerimentos dos senadores para os depoimentos de testemunhas e a juntada de provas.
Senadores e defesa de Dilma pediam mais tempo para a análise dos requerimentos e que estes fossem votados um a um todos os 86 requerimentos. O presidnete da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), no entanto, negou os pedidos e determinou a votação em bloco de todos os requerimentos. Houve bate-boca durante a sessão.
Senadores que defendem o impeachment da petista afirmaram que o pedido era uma “manobra” para atrasar o andamento dos trabalhos da comissão.
A próxima reunião da comissão foi marcada para a segunda-feira (6), quando deverá ser definido o cronograma e os prazos do processo.
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