Comissão tenta votar hoje relatório final da Previdência
Será retomada logo mais a sessão da Comissão Especial da Câmara que deve votar a reforma da Previdência. A terça-feira em Brasília foi de muitas negociações para tentar garantir regras mais amenas de aposentadoria aos policiais. A sessão para apreciar o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB/SP) estava marcada para o início da tarde. No entanto, desde cedo o comando da comissão, o governo e os líderes estavam empenhados em buscar uma solução para o impasse em torno da aposentadoria de policiais civis e federais. Sensível aos apelos da categoria, o próprio presidente Jair Bolsonaro se envolveu na negociação, mas não houve acordo e as demandas dos policiais ficaram de fora do relatório final.
Por causa das articulações, a sessão da Comissão Especial só foi aberta por volta das oito da noite. No início dos trabalhos, o relator da proposta apresentou uma terceira versão do texto. Entre as mudanças, Samuel Moreira retirou todas as menções a servidores de Estados e Municípios, excluídos da proposta. Ele ainda incluiu no parecer a exigência de renda de até um quarto de salário mínimo por núcleo familiar para que idosos de baixa renda tenham acesso ao BPC, o Benefício de Prestação Continuada.
Após Samuel Moreira concluir a leitura do novo parecer, a oposição tentou obstruir a votação. Eles defendiam que não houve tempo para analisar as novas mudanças no relatório. Depois de quase seis horas de discussão a Comissão Especial negou cinco requerimentos de adiamento da votação do relatório. Já era madrugada quando o presidente da comissão deputado Marcelo Ramos suspendeu a sessão que deve ser retomada as 9 horas da manhã desta quinta-feira (04/07).
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.