Companheira de Marielle e assessora prestam depoimento no Rio

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/03/2018 19h13 - Atualizado em 20/03/2018 19h13
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JOSE LUCENA/ESTADÃO CONTEÚDO Deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou que todos do partido estão à disposição da polícia para ajudar nas investigações do caso Marielle Franco

A arquiteta Mônica Tereza Benício, companheira da vereadora Marielle Franco, prestou depoimento nesta terça-feira, 20, na Divisão de Homicídios do Rio. Muito abalada, ela chegou cercada de amigos e não quis dar entrevista.

“A família toda está dilacerada”, disse o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que também esteve na delegacia.

Uma assessora da vereadora também prestou depoimento. Outros funcionários do PSOL, amigos e parentes de Marielle deverão ser chamados a depor nos próximos dias. Nesta fase da investigação, a polícia tenta estabelecer possíveis motivos para o crime. Freixo voltou a afirmar que Marielle não sofreu ameaças.

“Nossa ansiedade é muito grande, nossa angústia maior ainda; o crime contra Marielle é um crime contra a democracia e precisa ser esclarecido porque pode estar colocando várias outras pessoas em risco”, disse Freixo, ao deixar a delegacia. “Mas é claro que há um tempo para que isso aconteça, temos que ter calma, a investigação está sendo feita, a prioridade é grande, o diálogo entre a família, a equipe e a polícia é fraterno. Mas não podemos achar que o caso vai ser resolvido no tempo da nossa angústia.”

Pistas

Até a manhã desta terça-feira, o Disque Denúncia já havia recebido 39 notificações referentes aos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Todas elas estão sendo checadas. A polícia buscava também os registros das ligações telefônicas feitas no dia do crime, no trajeto percorrido pelos assassinos nos minutos que antecederam o crime. Na região há 26 antenas telefônicas de cinco operadoras.

Freixo não prestou depoimento. Apenas acompanhou as depoentes. O deputado afirmou que todos do partido estão à disposição da polícia para ajudar nas investigações.

“A polícia vai ouvir quantas pessoas quiser ouvir”, disse Freixo “Porque a pessoa pode achar que não sabe de nada importante, mas pode saber de algo que é importante na investigação.”

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