Deputado quer congelar preços de álcool em gel e máscaras
O presidente da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações relativas ao combate ao coronavírus (Covid-19), Luiz Antonio Teixeira (PP-RJ), defendeu o tabelamento de preços de álcool em gel, máscaras cirúrgicas e outros equipamentos necessários.
Ele disse que o colegiado aprovou uma indicação ao Ministério da Saúde para controlar os preços e os estoques dos materiais. “Estamos numa situação muito desfavorável, concorrendo com o mercado externo com euro a R$ 5”, disse.
Teixeira afirmou ainda que os estados precisam rever os seus planos. “As secretarias estaduais e municipais precisam estar preparadas e com medidas efetivas”, alertou.
Também na comissão externa, os parlamentares defenderam o aumento de recursos para o combate ao coronavírus. A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) afirmou que é preciso reforçar o caixa dos estados e dos municípios para que o sistema de saúde esteja preparado para lidar com o aumento do número dos casos.
“A grande preocupação que tenho é que o orçamento dos estados já não suporta mais a carga do Sistema Único de Saúde (SUS), os orçamentos municipais da mesma forma. Então precisamos garantir mais recursos para o setor da assistência para média e alta complexidade”, disse Zanotto, que é presidente da Frente Parlamentar da Saúde.
O líder do Republicanos, Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), afirmou que os deputados podem usar as emendas orçamentárias para o combate à doença. Ele destacou que Roraima, por conta da crise na fronteira com a Venezuela, deve ter atenção especial.
“Roraima tem uma fronteira dupla totalmente aberta, sem sistema sanitário eficaz, que já começou a ampliar sarampo, dengue e várias outras doenças. Se o Brasil não se preparar, Roraima pode ser a grande entrada do vírus”, disse.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que vai convidar um membro do Legislativo para compor um comitê das despesas para conter o coronavírus. Ele disse que a intenção é dar transparência aos gastos.
“É muito ruim tomar essas decisões de gastos inesperados de uma maneira autocrática”, disse. Ele destacou ainda a liberação de parte de emendas do relator do Orçamento para ações de saúde, cerca de R$ 5 bilhões.
“Com esse montante de recursos me parece que a gente consegue atravessar essa crise e, se necessitar de mais recursos, a gente volta a dialogar”, afirmou.
*Com Agência Câmara
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