‘Congresso não precisa pisar no pé do governo para entrar no Orçamento’, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (20) que o Congresso “não precisa pisar no pé” do governo para conseguir entrar no Orçamento. Ele disse que há uma “disputa” e uma “ferocidade” em torno de 4% dos recursos públicos.
“É normal que o Congresso queira entrar no Orçamento, mas, pera aí, não precisa pisar no nosso pé. Tem um orçamento de R$ 1,5 trilhão, por que vamos brigar por causa de R$ 10 bi, R$ 15 bi ou R$ 20 bi? Tem R$ 1,5 trilhão, basta descarimbar, vamos fazer o pacto federativo”, declarou o ministro.
Guedes defendeu que o novo pacto federativo é “justamente um convite à classe política a assumir os orçamentos públicos”. Em sua fala, também defendeu a aprovação das reformas.
“Porque hoje o Brasil é gerido por um software, tem um dinheirinho carimbado, girando, 97%. E essa disputa e essa ferocidade toda que nós observamos, é em torno de 3% ou 4% do orçamento, porque o resto é carimbado. Então, façamos as reformas, aí temos 100% do orçamento para discutir e construir juntos – Congresso, Presidência – o futuro do Brasil discutindo o mérito das despesas.”
Expectativas econômicas
Sobre as expectativas para o segundo ano de governo, Guedes falou que sua equipe continua “com o ritmo das reformas” e que, com isso, o País vai crescer 2%, e assim por diante.
“Estamos recuperando a dinâmica de crescimento do País. Não precisamos temer a turbulência internacional. Evidente que há sempre efeitos, mas o Brasil sempre teve sua própria dinâmica de crescimento, é um país continental. É perfeitamente possível o mundo desacelerar, e isso está contratado, o mundo está em desaceleração sincronizada, está descendo, a América Latina está estagnada, e o Brasil vai decolar. O Brasil pode crescer porque tem uma dinâmica própria de crescimento.”
O ministro também disse que “é absolutamente natural que o juro de equilíbrio desça e que o câmbio de equilíbrio suba um pouco”. “O câmbio é flutuante, o Banco Central opera isso. Mas o patamar é inquestionavelmente mais alto.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
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