Conheça as escolas de samba que desfilam nesta sexta no Carnaval do Rio de Janeiro

Após dois anos, Marquês de Sapucaí volta a receber as principais agremiações do samba carioca; Imperatriz Leopoldinense abre o evento às 21h15

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2022 08h00
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FÁBIO COSTA/ESTADÃO CONTEÚDO Beija-Flor Desfile Beija-Flor é responsável por encerrar o primeiro dia de desfiles

Na noite desta sexta-feira, 22, a Marquês de Sapucaí voltará a receber desfiles da primeira divisão do Carnaval do Rio de Janeiro. Ao todo, seis escolas de samba passarão pela avenida na primeira noite de evento. A responsável por abrir a avenida, às 21h15, é a Imperatriz Leopoldinense, que retorna à elite depois de vencer o grupo de acesso em 2020. Na sequência, vêm Mangueira e Salgueiro, duas das maiores escolas do Rio de Janeiro. A São Clemente será a quarta a desfilar, vindo antes de duas das favoritas ao título deste ano: Unidos do Viradouro e Beija-Flor, que encerrará a noite. Confira mais detalhes sobre os seis primeiros desfiles na Cidade Maravilhosa.

Imperatriz Leopoldinense (21h15)

  • Presidente: Catia Drumon
  • Cores: Verde, branco e ouro
  • Carnavalesco: Rosa Magalhães
  • Mestre de Bateria: Lolo
  • Intérprete: Arthur Franco e Bruno Ribas
  • Melhor colocação na história: Campeã (1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001)
  • Enredo: “Meninos, eu vivi… onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine”

Em seu retorno à elite do carnaval carioca, a Imperatriz apostará em uma homenagem a um dos grandes nomes de sua história. No enredo “Meninos, eu vivi… onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine”, a agremiação homenageará o carnavalesco Arlindo Rodrigues, responsável pelo desfile de 1980, onde a escola conquistou seu primeiro Carnaval. O intérprete Bruno Ribas é um dos reforços da agremiação.

Estação Primeira de Mangueira (22h30)

  • Presidente: Elias Riche
  • Cores: Verde e rosa
  • Carnavalesco: Leandro Vieira
  • Mestre de Bateria: Wesley
  • Intérprete: Marquinhos Art’Samba
  • Melhor colocação na história: Campeã (1932, 1933, 1934, 1940, 1949, 1950, 1954, 1960, 1961, 1967, 1968, 1973, 1984, 1986, 1987, 1998, 2002, 2016 2019)
  • Enredo: “Angenor, José e Laurindo”

Depois de dois enredos com teor político, a Mangueira mudou o foco de seu desfile e irá homenagear três grandes nomes de sua história e do Carnaval carioca. O primeiro deles é Angenor, um dos principais compositores da escola. José é o nome real de “Jamelão”, intérprete que puxou os sambas mangueirenses por 57 anos.  Por fim, vem Laurindo, conhecido também como “Delegado”, um dos principais mestres-salas do Carnaval. Ele desfilou por 36 anos sem receber nenhuma nota abaixo de 10. Com o time dos últimos anos mantido, este promete ser um dos principais desfiles da noite.

Acadêmicos do Salgueiro (23h45)

  • Presidente: André Vaz
  • Cores: Vermelho e branco
  • Carnavalesco: Alex de Souza
  • Mestre de Bateria: Guilherme e Gustavo
  • Intérpretes: Emerson Dias e Quinho do Salgueiro
  • Melhor colocação na história: Campeã (1960, 1963, 1965, 1969, 1971, 1974, 1975, 1993 e 2009)
  • Enredo: “Resistência”

Tentando voltar ao topo do Carnaval carioca 13 anos após seu último título, o Salgueiro falará sobre a negritude em seu desfile. Com o enredo “Resistência”, a escola abordará a resistência negra, citando lugares considerados como pontos de prática da cultura afro no Rio de Janeiro. O próprio Morro do Salgueiro é mencionado no enredo. A maioria dos membros do último Carnaval foi mantida para este desfile.

São Clemente (1h)

  • Presidente: Renato Almeida Gomes
  • Cores: Preto e amarelo
  • Carnavalesco: Tiago Martins
  • Mestre de Bateria: Caliquinho
  • Intérpretes: Leozinho Nunes e Maninho
  • Melhor colocação na história: 6º lugar (1990)
  • Enredo: “Minha Vida É Uma Peça”

Em busca de um título inédito, a São Clemente vai homenagear o ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu em 2021 vítima da Covid-19. A escolha aconteceu depois de uma mudança de enredo, uma vez que a agremiação já havia determinado o tema antes da morte do artista. O time de intérpretes sofreu grandes mudanças, com as saídas de Bruno Ribas e Grazzi Brasil e a chegada de Maninho.

Unidos do Viradouro (2h15)

  • Presidente: Marcelo Calil Petrus Filho
  • Cores: Vermelho e branco
  • Carnavalesco: Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon
  • Mestre de Bateria: Ciça
  • Intérprete: Zé Paulo Sierra
  • Melhor colocação na história: Campeã (1997 e 2020)
  • Enredo: “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria”

Atual campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, a Unidos do Viradouro vem para tentar brigar pelo seu terceiro título. Para isso, a escola falará sobre o Carnaval de 1919, o primeiro realizado depois da pandemia de gripe espanhola. Uma das curiosidades é que o samba-enredo foi escrito em formato de carta. Para tentar o tricampeonato, a agremiação apostou na manutenção dos principais nomes da equipe de Carnaval, incluindo a dupla de carnavalescos.

Beija-Flor (3h30)

Presidente: Almir Reis
Cores: Azul e branco
Carnavalesco: Alexandre Louzada
Mestre de Bateria: Rodney e Plínio
Intérprete: Neguinho da Beija-Flor
Melhor colocação na história: Campeã (1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018)
Enredo: “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”

Tentando voltar a conquistar o carnaval, a Beija-Flor apostará em um enredo com fortes críticas sociais. Em “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”, a agremiação irá resgatar personagens negros da escola e mostrará as origens que o povo preto teve e que foi escondida pela colonização. Muitos membros do time do Carnaval de 2020 permaneceram na escola, que encerrará o primeiro dia de desfiles.

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