Conselho de Ética volta a analisar processo contra Cunha; assista

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2016 11h05
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Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, fala à imprensa após STF anular votação da comissão especial do impeachment (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados voltou a analisar nesta quarta-feira (9) o processo de cassação contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal por suspeitas de receber milhões em propinas de esquemas na Petrobras, em contas no exterior.

O presidente da Câmara é acusado no Conselho, no entanto, de ter mentido à CPI da Petrobras a respeito da existência de contas em seu nome no exterior, como foram encontradas na Suíça ao longo do ano passado pelos investigadores da Lava Jato.

Cunha e seus aliados no Conselho de Ética têm conseguido desde o ano passado postergar a votação da ação contra ele.

Como Eduardo Cunha abriu votação no Plenário, o presidente do Conselho José Carlos Araújo (PSD/BA) encessrou a sessão desta quarta. A sessão foi marcada basicamente por comentários de denúncia do jornal Folha de S. Paulo.

Nesta quarta, o jornal Folha de S. Paulo revelou uma suposta manobra utilizada por Cunha e aliados para tentar preservar seu mandato que envolveu inclusive a falsificação da assinatura do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP), aliado do presidente da Câmara. Os deputados presentes na sessão discutem a reportagem.

Gurgel não estaria presente em votação que seria apertada no placar em 1º de março. Seu suplente imediato era um deputado do PT que é contra Cunha. Para evitar um voto a menos, Gurgel apresentou sua renúncia ao Conselho de Ética para que o Partido da República (PR) nomeasse outro parlamentar a favor do peemedebista. A assinatura no documento de renúncia, entretanto, é falsa, conforme apontaram dois laudos grafotécnicos chamados pelo jornal. A falsificação seria “grosseira” e “primária”.

Procurado, o deputado alegou que estava de ressaca, por isso tremia quando assinou o documento oficial.

Apesar do movimento, o Conselho aprovou por 11 a 10 o prosseguimento da ação contra Cunha.

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