Conselho de Ética volta a analisar processo contra Cunha; assista
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados voltou a analisar nesta quarta-feira (9) o processo de cassação contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal por suspeitas de receber milhões em propinas de esquemas na Petrobras, em contas no exterior.
O presidente da Câmara é acusado no Conselho, no entanto, de ter mentido à CPI da Petrobras a respeito da existência de contas em seu nome no exterior, como foram encontradas na Suíça ao longo do ano passado pelos investigadores da Lava Jato.
Cunha e seus aliados no Conselho de Ética têm conseguido desde o ano passado postergar a votação da ação contra ele.
Como Eduardo Cunha abriu votação no Plenário, o presidente do Conselho José Carlos Araújo (PSD/BA) encessrou a sessão desta quarta. A sessão foi marcada basicamente por comentários de denúncia do jornal Folha de S. Paulo.
Nesta quarta, o jornal Folha de S. Paulo revelou uma suposta manobra utilizada por Cunha e aliados para tentar preservar seu mandato que envolveu inclusive a falsificação da assinatura do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP), aliado do presidente da Câmara. Os deputados presentes na sessão discutem a reportagem.
Gurgel não estaria presente em votação que seria apertada no placar em 1º de março. Seu suplente imediato era um deputado do PT que é contra Cunha. Para evitar um voto a menos, Gurgel apresentou sua renúncia ao Conselho de Ética para que o Partido da República (PR) nomeasse outro parlamentar a favor do peemedebista. A assinatura no documento de renúncia, entretanto, é falsa, conforme apontaram dois laudos grafotécnicos chamados pelo jornal. A falsificação seria “grosseira” e “primária”.
Procurado, o deputado alegou que estava de ressaca, por isso tremia quando assinou o documento oficial.
Apesar do movimento, o Conselho aprovou por 11 a 10 o prosseguimento da ação contra Cunha.
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