Conselho do MPF rejeita indicação do governo para comissão sobre Ditadura

Alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos teve quatro integrantes trocados

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2019 19h18
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Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CMSPF) rejeitou, por maioria de votos, a indicação do governo Jair Bolsonaro de um membro do MPF para integrar a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. O colegiado investiga crimes cometidos pelo Exército durante a Ditadura.

Segundo o órgão, a nomeação deveria ser sugerida pelo próprio Ministério Público e não pela Secretaria de Proteção Global do Ministério da Família e Direitos Humanos, como foi feita. O convite foi feito ao procurador da República Aílton Benedito, lotado no MPF em Goiás.

Em nota, o CMSPF afirma que é atribuição do procurador-geral da República designar membro da promotoria para “funcionar nos órgãos em que a participação da instituição seja legalmente prevista, ouvido o Conselho Superior”.

O mérito da indicação de Benedito não foi apreciado. Os conselheiros entenderam também que o cargo ocupado atualmente pelo procurador da República Ivan Marx na Comissão de Mortos e Desaparecidos não está vago.

Após a decisão, Benedito escreveu no Twitter que “o mais importante é que a verdade se mostra nua e crua, doa a quem doer, como uma trave nos olhos.”

Depois de ser alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) teve quatro de seus integrantes trocados na última quinta (1). Entre eles, está a presidente Eugênia Augusta Gonzaga Fávero.

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