Conselho Nacional do Ministério Público deve investigar Deltan Dallagnol

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2019 15h47 - Atualizado em 10/06/2019 16h25
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Pedro de Oliveira/ALEP Ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol Nesta segunda-feira (10), quatro integrantes do conselho encaminharam um pedido de investigação à corregedoria nacional do CNMP

O procurador da República e coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, deve ser investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público, que fiscaliza as atividades de promotores e procuradores, em razão das mensagens trocadas com o ministro da Justiça, Sergio Moro. As informações são do site O Antagonista.

Nesta segunda-feira (10), quatro integrantes do conselho encaminharam um pedido de investigação à corregedoria nacional do CNMP, que busca investigar se as conversas com Sergio Moro podem revelar outro tipo de falta funcional, como violação aos princípios do promotor natural (competente e imparcial para analisar o caso) e também o que determina a “equidistância das partes”.

No texto, enviado ao corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, está escrito que “caso forem verídicas as mensagens e correta a imputação de contexto sugerida na reportagem, independentemente da duvidosa forma como teriam sido obtidas, faz-se imperiosa a atuação do Conselho Nacional do Ministério Público”.

“Em primeiro lugar, precisamos verificar se o conteúdo [das mensagens divulgadas] é verdadeiro. Caso isso se confirme, o CNMP não pode deixar de examinar o assunto”, disse o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello.

O site de notícias ‘The Intercept Brasil’ publicou na noite deste domingo (9) uma série de reportagens denominadas ‘As mensagens secretas da Lava Jato’, em que vaza conteúdos de aplicativos de mensagens privadas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

Em uma das passagens, por exemplo, se pode ver uma troca de mensagens de Dallagnol com outros procuradores em um grupo do Telegram. A troca de ideia teria acontecido dias antes de Deltan apresentar a denúncia contra Lula no caso do triplex. Na ocasião, o coordenador da Lava Jato se mostrava preocupado com um possível teor frágil na acusação e posterior a repercussão do caso.

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