Conselho cria cartilha e prevê aulas com rodízio e uso de máscaras
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) elaborou algumas diretrizes para o retorno às aulas presenciais no Brasil. Embora sem previsão, os secretários estaduais criaram a cartilha nacional para que Estados façam adaptações às realidades locais, principalmente em relação às ações sanitárias pela pandemia da Covid-19.
Entre as diretrizes apresentadas está a diminuição no número de alunos por sala; adoção de atividades apenas individuais; rodízio entre estudantes na sala e em casa e o uso de máscaras. As escolas devem apresentar ainda alternativas para o cumprimento da carga horária mínima anual com ampliação da jornada diária e reposição de aulas. O documento prevê a “possibilidade de prorrogação do calendário para o período de recesso ou para o ano seguinte”.
“Os anos letivos de 2020 e 2021 serão entendidos como um ciclo. Com isso, os alunos não seriam prejudicados. Os conteúdos de 2020 seriam distribuídos nesse ciclo”, diz a secretária de educação de Alagoas, Laura Souza, uma das coordenadoras do documento.
Embora seja orientado principalmente para escolas públicas, a cartilha do Consed também influencia as particulares.O documento faz recomendações sobre “como” as escolas devem proceder, mas não faz referência ao “quando”. Benjamim Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo, aposta no mês de agosto como a possível retomada das escolas.
Uma das preocupações dos autores do estudo é com o financiamento das ações na esfera pública. “Os cuidados de prevenção vão criar custos extras. Não temos margem para tantos investimentos. É preocupante”, diz Claudio Furtado, secretário de Educação da Paraíba e também coordenador do estudo do Consed.
Ele diz que não houve participação do Ministério da Educação (MEC). “Por isso, o protocolo é importante como ação unificada de Estados e Distrito Federal.” Procurado, o MEC não se manifestou.
Rodízios
No Colégio Equipe, em Higienópolis, região central paulistana, os mais de 600 alunos deverão viver um rodízio de uma turma. “Na segunda-feira, teremos aulas apenas para os alunos do 1º do ensino médio, por exemplo. Esses alunos, da mesma turma, serão distribuídos em várias salas”, diz a diretora Luciana Fevorini.
A diretora pedagógica da Stance Dual School, Eliana Rahmilevitz, mostra preocupação com o lado emocional dos quase 500 alunos e suas famílias. “Queremos ouvir o que eles têm a dizer nas aulas de teatro, música e artes.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
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