São Paulo tem 28.968 casos do novo coronavírus e 2.375 mortes
O Estado de São Paulo tem, nesta quinta-feira (30), 28.698 casos do novo coronavírus e até o momento foram registradas 2.375 mortes. A informação foi dada pelo secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann.
O aumento foi de 10% nos casos e de 6% nas mortes em relação ao número registrado na última quarta-feira (29). O Brasil tem, ao todo, quase 80 mil casos confirmados e pelo menos 5.466 óbitos.
São Paulo tem nesta quinta-feira 1.744 leitos de UTI e 2.138 de enfermaria ocupados. Isso significa uma taxa de ocupação de 69,% dos leitos estaduais e 89% dos municipais. Com esse número, a grande São Paulo deve já no fim de semana começar a usar os leitos do interior do Estado para tratar seus pacientes.
A equipe lembrou também que o Hospital de Campanha do Complexo Ibirapuera, o terceiro da cidade de São Paulo, inaugurará mais 200 leitos já nessa sexta-feira (1º).
Pedidos ao Ministério da Saúde
Em reunião do governo estadual e do comitê de contingenciamento em combate ao covid-19 com o Ministério da Saúde na manhã desta quinta foi solicitado a pasta 100 respiradores, 1600 kits carro-monitor, 20 milhões de insumos para coleta de exame PCR e quatro milhões de testes rápidos.
Também foram pedidos 4,2 milhões de máscaras N95, cirúrgicas e outros EPIs.
De acordo com o infectologista David Uip, que também coordena o grupo de trabalho, o Estado de São Paulo solicitou o credenciamento de 2.783 leitos de UTI exclusivos para a covid-19, aos quais já foram habilitados 734. A regularização significa o repasse de R$ 292 milhões.
Testes
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, citou que o Estado de São Paulo está apto para testar até 5 mil exames por dia. “Hoje procuramos, sem fila, o vírus em pacientes graves, profissionais da saúde e em óbitos.”
Porém, de acordo com ele, com a chegada de novos testes rápidos e PCR, até dia 15 de maio será iniciado um novo de esquema de testagem dividido em três fases.
A primeira, com testes rápidos, vai certificar o aparecimento de anticorpos em 130 mil funcionários da segurança pública, outros da saúde pública, pessoas privadas da liberdade, doadores de sangue e contatos de casos positivos.
Além disso serão criadas coortes para análise do comportamento do vírus. A primeira, já como projeto piloto em andamento, está testando 145 mil pessoas entre policiais militares de São Paulo e seus familiares.
A fase 2 fará o teste PCR em contatos dos pacientes internados que apresentarem sintomas. “Se forem casos assintomáticos, mas com contato menor de 14 dias com o infectado, serão testados também.”
A última fase prevê a testagem de assintomáticos identificados pela vigilância epidemiológica através do teste rápido. Sintomáticos serão testados com o PCR normalmente.
Dimas Covas ressaltou que o Brasil tem hoje cerca de 1500 testes PCR por milhão de habitantes. A Itália tinha, para a mesma quantidade de pessoas, 30 mil. Segundo ele, com a chegada de novos insumos esse número vai subir para 27 mil testes.
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