Coronel da polícia militar ambiental será o novo presidente do ICMBio

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2019 19h22 - Atualizado em 17/04/2019 19h24
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo Ricardo Salles convidou o comandante Cerqueira logo após o ex-presidente do órgão, Adalberto Eberhard, pedir exoneração do cargo

O ministro do Meio-Ambiente, Ricardo Salles, convidou o comandante da Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, coronel Homero de Giorge Cerqueira, para presidir o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Segundo Cerqueira, o pedido foi feito logo após Adalberto Eberhard, então presidente do órgão, entregar seu pedido de exoneração a Salles.

A demissão foi feita após Eberhard acompanhar o ministro em uma agenda no Rio Grande do Sul, na qual ele decidiu instaurar um procedimento administrativo contra servidores do ICMBio que não estavam presentes na reunião. Segundo o jornal O Globo, Eberhard também não concordava com a ideia de Salles de fundir o ICMBio com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente disse que, enquanto o coronel Homero não assume, o cargo será ocupado, interinamente, pelo coronel da reserva do Exército, Antônio César de Oliveira Mendes, que é coordenador-geral de Proteção do ICMBio.

Coronel Homero está à frente do policiamento ambiental de São Paulo desde 2018, já tendo chefiado outras unidades da PM paulista como a Casa Militar e a Escola Superior de Soldados de Sargentos. Sobre um possível fusão do ICMBio com o Ibama, Cerqueira admitiu ver como uma boa manobra, e disse que “vai seguir as diretrizes que o ministro passar”.

“Antes o Ibama e o ICMBio eram uma coisa só (a separação em dois órgãos é de 2007). Se for para o bem da economia, da população, da sociedade… Acho que temos de fazer coisas boas. Acho que pode ser uma coisa boa, mas tem de discutir com a sociedade, com as comunidades tradicionais”, afirmou.

Servidores da área ambiental vêm se manifestando, sob condição de anonimato, com medo de represálias, contrariamente a essa fusão, com justificativa de que venha a enfraquecer os dois órgãos. Internamente, especula-se que a gestão de unidades de conservação poderia ficar a cargo somente de uma diretoria dentro do Ibama e que os centros de pesquisa poderiam ser extintos ou incorporados também como uma coisa só dentro do Ministério da Ciência e Tecnologia.

* Com informações da Agência Estado

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