Corregedor do Senado pede ajuda de Moro para investigar possível fraude em votação

Divulgação/Senado No começo do mês, um voto a mais apareceu em urna do Senado; votação foi adiada e, no dia seguinte, deu vitória a Davi Alcolumbre (DEM-AP)

A corregedoria do Senado Federal pediu a ajuda do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para descobrir se houve fraude na votação da presidência da Casa, que aconteceu em 2 de fevereiro. Na ocasião, 82 cédulas foram encontradas na urna – uma a mais do que o total de senadores (81). Seis parlamentares são considerados suspeitos.

O corregedor, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), disse que ligou para Moro e solicitou o auxílio da Polícia Federal na avaliação de imagens capturadas. Além de vídeos, 11 mil fotos estão sob análise. Segundo Rocha, é preciso utilizar equipamentos de alta tecnologia para concluir as apurações. Ele também cogita pedir ajuda à Universidade Federal de Brasília.

Para o corregedor, “é pouco provável” que o voto duplo tenha sido um equívoco. “Alguém, por equívoco ou má-fé, não posso dizer ainda, embora seja muito pouco provável que tenha sido um equívoco, deixou de botar a cédula dentro do envelope para colocar duas cédulas dentro da urna, sem envelope”, disse Roberto Rocha.

“Alguém substituiu um envelope por uma segunda cédula. Em que momento foi isso? É o que estamos olhando nas imagens.” Pelo conteúdo analisado até agora, o corregedor disse que também é possível que a cédula a mais tenha sido colocada na urna durante os últimos votos. “Na primeira mãozada já vieram os dois votos”, afirmou.

De acordo com ele, só não é possível ver com clareza o momento da votação de seis dos 81 senadores. Os nomes deles não foram revelados pelo corregedor. “Tem uma meia dúzia de casos que não dá pra ver com os recursos que temos”, contou. “Estou tentando ver se conseguimos um recurso mais específico, da PF, da UnB ou dos dois.”

*Com informações do Estadão Conteúdo