Costa reafirma que propina saía da margem de lucro de empresas
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse à CPI que investiga irregularidades na estatal que a propina paga por empresas a diretores, operadores e partidos políticos saía da margem de lucro das contratadas.
Segundo ele, as empresas embutiam um adicional que podia chegar a 3% a mais na sua margem de lucro para o pagamento de propina.
Ele explicou isso ao responder pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que o questionou a respeito de variações em seus depoimentos sobre a origem da propina: se saía da margem de lucro ou se era derivada de sobrepreço nas licitações.
“Se a empresa achava que, para ela, era confortável ganhar 12%, ela acrescentava 3% de propina dentro da margem de lucro”, disse. Costa atribuiu o sucesso do esquema à formação de cartel pelas empresas contratadas. “Se não tivesse a formação de cartel, [o sobrepreço] não existiria”, disse.
Ele negou que as propinas fossem fruto de “achaque” por parte dos diretores da Petrobras, como afirma a defesa das empresas acusadas.
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